Planetary - 5 a 8
Por FiliPêra
Quando a DC Comics comprou o selo Wildstorm, pertencente a Image Comics, e sob a batuta do superestimado Jim Lee, ela esperava trazer à editora um novo ânimo; guardada as devidas proporções, semelhante ao surgimento do selo Vertigo nos anos 80. Com gente de peso, principalmente Warren Ellis, autor de Planetary, e da primeira fase de Authority, eles acabaram por conseguir isso, chegando ao mesmo nivel do alardeado selo Ultimate da Marvel. Isso em nível comercial, pois em níveis artísticos superou o selo concorrente (o selo Grandes Astros viria depois). E Planetary se firmou como a melhor HQ do selo Wildstorm, e perdendo em vendas somente para Authority (isso após a entrada de Mark Millar no título).
Mas deixando todas essas questões de lado, podemos perceber a grandiosidade do título que é Planetary, com seu instigante mix de cultura pop, a série consegue ser divertida e inteligente ao mesmo tempo. Mas é claro que depende de um pouco de conhecimento nos assuntos abordados para se obter um entendimento pleno.
Nessas quatro edições tivemos várias revelações (que nos levaram a outras dúvidas) e uma dashistórias mais originais, contemplativas e tristes que Eu já li.
Nº5 - O Bom Doutor
Nessa edição conhecemos um pouco mais do Dr. Brass (e também do misterioso Elijah Snow, que realmente só não mais misterioso do que Os Quatro e o Quarto Homem). Os vilões da série também vão começando a dar as caras, como a Corporação Hark, que tem menções nos números 5 e 8.
É contada também toda a trajetória do já citado Dr. Brass e como ele foi parar em um grupo super-heróis, suas motivações e sua temporada no portal do Multiverso. Mas é claro que o autor faz isso de uma forma que serve para tirar, mas ao mesmo tempo para colocar dúvidas nos leitores.
Quanto à arte, só uma palavra: Perfeita! É realmente difícil ver uma arte que case tão bem ao texto como esta. Ellis e Cassaday formam (ou formaram, já que a série já está terminada, na terra do Tio Sam) uma das grandes duplas dos Quadrinhos atuais. Sua narrativa é muitíssimo bem feita, com cenas grandiosas, mas ao mesmo tempo cheias de detalhes.
Nº6 - 4
Como não poderia deixar de ser em uma série que engloba ficção científica e várias teorias da conspiração (tudo isso unido em um mix de cultura pop), o tema espaço tinha que ser abordado em algum momento. E é na edição 6 que isso acontece, com uma história que lembra o filme B Enigma do Horizonte.
Os três arqueólogos do impossível chegam a uma base espacial, que mantinha um programa espacial secreto do governo norte-americano. Durante uma missão à lua, um estranho caso acontece e os tripulante retornam deformados como monstros. Após o incidente os comandantes da operação Artemis (a operação secreta do governo), que oficialmente não existem, se apoderam das verbas destinadas à ela e começam sua própria operação. Resumindo: eles são os vilões da série, os Quatro, os autodenominados Chefes Secretos do mundo. E Elijah recebe a missão de ir pega-los.
E nesse número já tem um embate entre Elijah e um integrante dos Quatro (que nada mais é do que um versão hardcore do Quarteto Fantástico). Mas nada mais sobre eles é dito.
Nº7 - "...estar na Inglaterra durante o verão."
No número 7 temos uma história das mais tristes. Já na capa os mais espertos podem achar uma referência explícita a John Constantine, com uma arte muito bem elaborada, com elementos de Dave McKean.
Conhecemos então Jack carter, o Constantine de Planetary, que morreu. Jakita explica bastante coisa sobre a vida dele, e do seu relacionamento com ele. Ela fala também sobre os super-heróis que habitavam a Inglaterra nos anos 80.
A partir daí começa um desfile de referências aos personagens clássicos do selo Vertigo. Vemos versões de Sandman e de sua irmã Morte logo de cara, e no funeral vemos também o Monstro do Pântano, o Homem-Animal e mais uma penca de criaturas...Logo a frente sabemos que Jack na verdade não morreu, além de vermos uma versão do Superman, bem idiotizada, como ele merece (risos), que descobre que na verdade nasceu em uma experiência científica.
O "Superman" reclama, falando que Jack o destruiu. Para os mais espertos isso soa como uma analogia entre os super-heróis da época (anos 80) e a chegada do selo Vertigo, que tratou de mostrar todos eles como...bem, como idiotas. No final das contas eles tiveram que se renovar para poder continuar relevantes. Foi aí que surgiu clássicos como O Cavaleiro das Trevas, Asilo Arkham, Demolidor, Watchmen... que trataram de mostrar os super-heróis com outra cara. O selo Wildstorm esta trazendo outra revolução aos quadrinhos (tá bom, não chega a tanto) assim como o selo Vertigo nos anos 80, por isso o funeral.
Nº8 - O Dia em que a Terra quase parou.
Nessa edição conhecemos uma base em que o governo americano faz experiências com dissidentes do Macarthismo, além de outros indesejáveis. Experiências como cérebros atômicos e mulheres ressucitadas com radiotividades fazem parte da rotina dos cientistas que moram nessa estranha cidade. Aberrações, como formigas gigantes também aparecem (animais gigantes foram temas de inúmeros filmes de "terror" dos anos 80)
Nota: 9,5
Todas as maluquices de Planetary começam a ganhar um sentido, mesmo que para isso precise de muitas peças no seu extenso quebra-cabeças. Mas todas as vigens do trio são divertidas e inteligentese valem a conferida!!!
Semana que vem tem mais!!!
É NOZES!!!
1 comentário
Na 7 a referência não é ao Super
é o Miracleman do Moore o/
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