quarta-feira, 8 de setembro de 2010

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Japão: o país dos sem-férias

 

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Ultimamente tive um surto anti-trabalho, principalmente por ter voltado a trabalhar depois de mais de um ano (lembra do caso da minha última demissão? Então, foi meu último emprego…). Sempre preferi qualquer coisa mais lúdica e com pouca responsabilidade do que a maldição da gastança de tempo, a escravidão capitalista remunerada - um dia escrevo melhor sobre isso, mas procurem os textos do Bob Black pra entenderem meu ponto de vista. Talvez esse sentimento seja uma reação inconsciente natural às coisas que ouvi de um japonês workhalic uma vez, que ficou extremamente surpreso e abismado quando disse que no Brasil existia uma coisa chamada final de semana - ele arregalou um olhão também quando viu uma poltrona boiando na baia de Vitória. Depois da conversa com ele - que rolou no porto de Vitória -, me pus a imaginar quanto tempo um japa tira de férias por ano. Acabei de descobrir a resposta, e é um pouco mais assustadora do que pensei…

Já é bem conhecida a disposição do povo japonês para o trabalho, tão forte quanto o seu apego às suas ricas culturas. A Expedia Japão fez uma consulta em 11 países para obter resultados mais precisos da relação japoneses/folgas. E eles chegaram ao número de 7,9 dias de folga ao ano, sendo que o país só permite 15 dias de férias remuneradas anuais. Os motivos para tamanho empenho são vários, e passam pelo sentimento que muitos trabalhadores japoneses têm de “evitar excesso de serviço para os colegas”. Outro motivo é o extremo apego que o país tem ao critério da senioridade, onde funcionários mais velhos - não necessariamente os mais competentes - têm preferências em promoções, o que gera uma hierarquia com idades compatíveis com as respectivas posições. E como os funcionários mais velhos geralmente não tiram férias, os mais novos seguem o exemplo, num gesto de quase pressão social.

Um empresário (creio que do RH) japonês deu uma declaração anonimamente sobre o assunto:

 

Uma pessoa que entrou na empresa há apenas 6 meses me perguntou: “No mês que vem eu quero viajar com uns amigos, então, eu posso tirar a semana de folga?”.

“Uma semana é impossível, você deve compreender!”, eu disse, em resposta à pergunta que veio do nada. Ele me olhou com uma cara triste e assustada. Eu deveria ter respondido em um tom mais leve. […] não havia nada programado naquele momento e não é que eu não queria que ele tirasse férias, apenas não é a prática na companhia. Para começar, o ambiente em nossa empresa é tal que ninguém usa as licenças remuneradas. Além disso, superiores e colegas à nossa volta estavam ouvindo a conversa. Seria impossível eu dizer sim. Não faça essa cara… Nós temos um sistema com licenças remuneradas que são inutilizáveis e que geram uma sensação de culpa acima de tudo. O melhor seria não ter sistema nenhum.

Outro funcionário, dessa vez comentando uma pesquisa da Reuters conduzida em 24 países que concluiu que somente um terço dos japoneses tiram férias, disse que é normal os habitantes da Terra do Sol Nascente pensarem no que os colegas de trabalho imaginarão deles ao pedirem férias:

 

A folga remunerada no meu ambiente de trabalho é algo que existe, mas não se pratica. O clima geral é tal que você realmente não pode aproveitar isso. Se alguém tentar sair no horário normal ao final do expediente , sem fazer hora-extra, as pessoas conversarão com você em tom acusatório, dizendo “O quê? Você não está realmente indo embora agora, está?”.

Um terceiro motivo é o vácuo legislativo do país quanto a licenças de saúde, o que leva muita gente a guardar as férias pra quando estiver doente. Ou seja, caso um funcionário falte por estar doente, um dia dos seus 15 de férias remuneradas será descontado. E eles saem doentes, principalmente por problemas psicossomáticos devido a stress e excesso de carga horária. Um blogueiro japonês discorreu um pouco sobre o modo de trabalho japonês, que se aproxima da escravidão, segundo ele. De acordo com seu relato, a pressão por horas extras às vezes impede que gerentes peguem o último transporte pra casa, e tenham que dormir no trabalho mesmo, além do fato de que o país possui um elevadíssimo índice de suicídios.

 

Bom, agora sei um país onde Eu definitivamente não trabalharia… não tenho sete vidas pra gastar enriquecendo os outros, muito menos num ritmo muito maior do que o brasileiro, que parece brincadeira de criança perante o japonês.

 

[Via Global Voices]

Avatar FiliPêra

Bolo do xkcd

 

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Quem conhece o xkcd sabe que é uma das melhores tirinhas que existem na web. Os artistas do Pink Cake Box acham a mesma coisa e fizeram um bolo de casamento inspirado na série de tirinhas mais geek que existe. O resultado é um misto de amor, matemática e minimalismo. Bonito, mas não é para todos…

 

[Via Neatorama]

terça-feira, 7 de setembro de 2010

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Mapa da Galáxia de Star Wars

 

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Hoje, procurando um site que faz currículos online entre meus itens favoritados do Google Reader, achei essa preciosidade saída do Dark Roasted Blend: um mapa da galáxia de Star Wars, tão rico quanto a Terra Média de Tolkien.

Clique para ver maior!

 

[Via Gizmodo]

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Profissionais mais antigas do mundo censuradas no Craigslist

 

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O Craigslist é como uma seção de classificados gigante, com as coisas mais malucas possíveis. Tem desde mulheres procurando namorados, até venda de artesanato, e como você pode imaginar, é um sucesso absoluto em seus 15 anos de funcionamento. Mas, parece que a página acaba de perder pra sempre alguns dos seus anúncios mais importantes: justamente os de serviços sexuais. Quem visitou o site hoje dentro do território dos EUA naquela malemolência de caçar um bom serviço prazeroso, deu de cara com um CENSORED garrafal. Na verdade, os anúncios de prostituição estão censurados desde sexta-feira passada, e, por enquanto o site ainda não se pronunciou a respeito, gerando algumas especulações quanto a medida. Após constatar que os anúncios continuavam sendo veiculados livremente fora dos EUA, enviei alguns emails para a direção do site, mas não obtive resposta (não precisam especular sobre o fato de Eu estar buscando putaria por lá, recebi anonimamente por email a notícia da censura).

O lance é que um grupo especial de 17 promotores americanos começaram uma espécie de caça as bruxas a anúncios do tipo, alegando que estimulam o tráfico de pessoas com intuito sexual - e eles usaram como exemplo um caso onde duas meninas foram vendidas como prostituas, supostamente com intermediação do site. Foi esse mesmo grupo que enviou uma carta ao Craigs exigindo a retirada dos anúncios - que fazem parte de uma das únicas seções que têm propagandas cobradas, junto com vendas de imóveis… quase todo o resto é grátis. Richard Blumenthal, o procurador-geral de Connecticut, que comemorou a decisão da retirada dos anúncios, disse que o site poderia ser multado em até 36.300 dólares por ano caso continuasse promovendo a prostituição.

 

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A resposta da liderança do site foi arrasadora. Na verdade, foi até uma resposta prévia, já que foi veiculada no blog da empresa mês passado, e mostrou como a política de filtragem de anúncios do site era bastante rigorosa e efetiva. Jim Buckmaster, presidente da empresa, foi ainda mais longe, e acusou os a promotoria de usar o Craigslist como bode expiatório numa campanha moralista artificial, já que o mesmo tipo de anúncio é feito em diversos outros sites e jornais impressos. Ele também lembrou que o problema da prostituição não teve origem na internet, ou por causa dela, mas sim como um vácuo de políticas públicas que aprofundam divisões sociais. Agora é ver onde essa queda de braço terminará - ano passado, o Craigs recebeu notificação semelhante, mas ganhou na Justiça o direito de continuar anunciando prostituição.

Sexo… sempre ele o culpado! Por que não proíbem anúncios de vendas de armas também, só para começar? Só questiono isso…

 

PS: Escrevi um pouco sobre sexo e violência NESSE texto do NerDevils.

 

[Via Wired Epicenter]

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O maior grafite do mundo é nosso!

Por Letícia Roese*

  (12)Depois da inauguração, momento de descontração entre os artistas

A pichação é um ato de vandalismo, os pichadores costumam “competir” entre si para ver quem picha mais e mais alto, por isso frequentemente vemos as fachadas de prédios, bancos das praças, locais públicos e privados, sujos por causa disso. A mais recente arma de ação contra os pichadores é o Artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais, número 6.905/98, existente desde 1998 e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa para atos similares a esse.

A solução seria levar esses pichadores para conhecer um pouco de arte, e é aí que aparece o grafite.

Podemos considerar como primeiros exemplos de grafitagem os desenhos rupestres feitos nas cavernas. Eles representavam animais, caçadores, e muitos símbolos que ainda hoje são uma incógnita para muitos pesquisadores, mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto, naquele momento, e não podemos desconsiderar que fizeram e fazem parte da nossa história. A grafitagem é uma expressão de arte que contém linguagem própria e hoje utiliza-se de recursos menos primitivos dos utilizados na época. Atualmente, grafiteiros utilizam tintas em spray ou mesmo em lata; pintam símbolos específicos de um determinado tema, defendem causas, pintam idéias, pintam uma história. Uma definição mais “técnica” para a grafitagem, seria a de que ela nada mais é do um desenho pintado ou gravado sobre um local que normalmente não é previsto para esta finalidade.

Fico feliz em saber que hoje, cada vez mais, essas definições estão mais distantes e a grafitagem cresce e ganha status de arte. Conta a história que a partir de maio de 1968, surge o movimento de Contracultura, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político. Assim, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos. Já considerada arte urbana, a grafitagem é vista com outros olhos. Ela dá liberdade para o grafiteiro (artista) aproveitar espaços públicos e usar da sua forma de expressão, da sua linguagem, para interferir no modo de pensar das pessoas, fazendo-as refletir sobre determinado assunto.

 

(1)Viaduto antes da revitalização

E foi pensando nisso que Moa Ferreira e Marcelo Alves de Sousa, produtores culturais em Foz do Iguaçu - PR, tiveram a seguinte idéia: revitalizar as paredes do viaduto que liga a cidade de Foz do Iguaçu no Brasil à Ciudad del Este, no Paraguai. Eventualmente, os dois passavam pelo local a caminho do trabalho e ficavam indignados com tamanho descuido do ambiente. Rolou aproximadamente um ano entre a apresentação do trabalho e o início de sua execução. Para se obter autorização naquela região, o projeto necessitou da aprovação de várias instâncias que administram burocraticamente o local.

Vencida a primeira batalha, a Companhia de Teatro Amadeus, parceira direta no projeto, saiu em busca de recursos para esta mega-operação. O recurso foi disponibilizado através da pasta da Secretaria Ministerial do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), mantida na cidade pela Itaipu Binacional. Um dos idealizadores, Moa Ferreira, comenta que a idéia era transformar o viaduto em um espaço cultural capaz de expressar a problemática da criança de forma positiva: “O espaço será referência das ações positivas no combate à exploração dos meninos e meninas na Tríplice Fronteira.”

A região de Foz do Iguaçu, faz fronteira com Ciudad del Este no Paraguai e Puerto Iguazú na Argentina, e talvez e também por isso conta com elevado número de jovens assassinados. “Este espaço mostrará a vontade da comunidade em acabar com a violência e a exploração, sexual ou trabalhista das crianças da região”, comenta Joel de Lima, assistente da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu Binacional.

Desafio aceito, e para retratá-lo foram convidados artistas das três nacionalidades presentes na região. Argentinos, Brasileiros e Paraguaios unidos para grafitar sobre a riqueza cultural da região, alertando principalmente sobre os direitos das crianças e adolescentes. O Grupo We é formado por um coletivo de artistas da Argentina, organizado por Luckass e são estudantes da faculdade de Desenho Gráfico. David Linares ou Kast, como é mais conhecido no meio da grafitagem, é o que tem mais experiência com paisagem urbana. Paraguaio, foi considerado através da mostra Expression II um dos 100 artistas mais influentes de seu país.

Oz Montanía é paraguaio e designer gráfico, atua como ilustrador em uma agência de publicidade em Assunção. Já realizou trabalho de ilustração para a Sudameris Bank e sua última participação em um projeto internacional foi no álbum colaborativo da Copa da África do Sul (Plakker Álbum Geilustreer). Segundo ele “As paredes são espaços que devem ser tomados pelas pessoas.” Renato Pontello é ilustrador em Vitória – ES (cidade dos meninos do @BlogNSN!), é artista plástico autodidata e estuda Arquitetura e Urbanismo. Ya Basta é um grupo formado por três brasileiros: Lalan Bessoni, Luis Felipe Cachopa e Michel Dal Pizzol. Suas primeiras obras foram espaços degradados na cidade de Foz que se tornaram verdadeiras exposições a céu aberto. Sica Oliva, brasileira e diretora de arte em uma agência de publicidade, venceu o prêmio Central Outdoor de 2010 com um trabalho sobre exploração sexual de crianças.

 

(2) Oz Montanía

(3)Dando início aos trabalhos

Em meio a jogos de roda, brincadeiras antigas, bonecas, pipa, pião, pescaria e outros elementos que retratam a infância, este grupo de oito artistas e dezenas de voluntários procuraram misturar a brincadeira ao mágico, a religião na Tríplice Fronteira e a iconografia guarani num cenário que antes era de abandono, marginalizado e perigoso, num ambiente agradável. Marcelo Alves de Sousa, idealizador do projeto comenta: “... começamos a pensar em setembro do ano passado em fazer com que essa cidade fique mais bonita e considerando que essa cidade é o segundo ponto turístico do Brasil, é uma cidade que precisa de muitos reparos estéticos e o turista gosta de ver coisas bonitas. (...) a nossa proposta é continuar pintando essa cidade inteira para mostrar que é muito mais legal ter uma obra e um serviço público bonito. Esse era um ambiente marginalizado e perigoso, agora está bonito! Irá ser revitalizado com uma parte elétrica e vai se transformar em uma área para lazer no final de semana, a proposta é deixar essa obra de arte para as pessoas e fazer com que elas encarem obras e serviços públicos de maneira bonita, tudo pode ser bonito, não precisa ser feio.”

Para inaugurar obra de tamanha grandeza e importância na região trinacional, Luis Inácio Lula da Silva, presidente do nosso país, esteve presente no dia 02/09, pela manhã no local. Lula foi recebido calorosamente pelos convidados para a solenidade. A convite dos artistas, ele fez um desenho que simboliza os três países fronteiriços – Argentina, Brasil e Paraguai – e com uma lata de tinta spray branca não dispensou a assinatura no paredão. O presidente posou também diante de uma gigante figura com quatro braços e face semelhante à sua e encarou com muito bom humor a “homenagem”. A figura bem como as duas paredes internas do viaduto representam a religiosidade na fronteira.

 

(10)Presidente posando em frente ao desenho

Fronteira essa que soma a força de três povos para revitalizar o viaduto que serve de passagem para dezenas, centenas de pessoas todos os dias. Que representa a integração, a ponte de união que diminui diferenças e aproxima as distâncias; unidos pela garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, e tudo isso em forma de arte. Arte urbana, formas, cores e contornos livres, como deve ser uma nação, ou três como é o caso. Argentinos, brasileiros e paraguaios juntos e livres, tentando mudar o mundo disseminando conceitos de cultura e paz entre todas as pessoas, dando um colorido diferente ao mundo e fazendo também as pessoas refletirem sobre a tolerância e solidariedade, coisas tão difíceis hoje em dia.

Me orgulho em dizer que colaborei ainda que indiretamente neste marco, desta obra de arte de 3.415 metros quadrados, considerado o maior grafite do mundo (!) que se encontra praticamente ao lado de casa, passo por ela todos os dias. Obra esta que, além de embelezar a minha cidade, enfatiza a ética da estética em obras públicas e comemora os 10 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

Em espanhol CrianZa é o ato de educação

Acredito que não somente a estética da cidade foi mudada, mas também sua forma de pensar. Pensar que podemos sim construir uma sociedade mais justa, com melhores condições de vida e à garantia dos direitos das crianças e adolescentes, temas centrais e condutores deste projeto. Que este seja apenas um pedacinho da disseminação dos conceitos de cultura de paz entre todas as pessoas, manifestando as cores de um mundo melhor, mais tolerante e solidário.

Veja como ficou o viaduto depois da revitalização:

 

1Paredão1 1Paredão2 1Paredão3 1Paredão4 2Paredão1 2Paredão2

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A @letiroese é publicitária, iguaçuense, apaixonada por design, cores e pela tríplice fronteira. Atuou no projeto como fotógrafa “oficial” da equipe de grafiteiros.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

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Grupo de fãs disponibiliza TODAS as músicas de Twilight Princess

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The Legend of Zelda: Twilight Princess pode não ser o melhor game da história da magnífica série - fico entre Ocarina e Majora’s Mask - mas com certeza é o mais épico. E parte dessa grandiosidade está contida em suas músicas. Pensando nisso, os fãs do Zelda Informer resolveram reunir TODAS as músicas já criadas para Twilight Princess, e disponibilizar para download. Quando digo TODAS, não falo apenas das 21 músicas da trilha sonora original, mas de todas as canções de divulgações e outros trechos de partes do game que não são incluídos na OST. O resultado são 183 faixas reunidas num arquivo de 384 MB - que também podem ser ouvidas no YouTube.

Muito mais do que uma homenagem a minha série preferida, vejo a iniciativa - que incluirá trilhas COMPLETAS de todos os games da franquia, um arquivo a cada duas semanas - como paixão de fãs por algo que gostam, algo cada vez mais raro num mundo movido exclusivamente por compensações financeiras.

Meus sinceros parabéns e agradecimentos ao povo do Zelda Informer

 

[Destructoid Via MeioBit Games]

Avatar Colaborador Nerd

[Pipoca e Nanquim] Guerras: Parte 2

Por Pipoca e Nanquim

 

No Pipoca e Nanquim de hoje, a segunda parte do programa sobre guerras! Tema responsável por muitas das maiores obras primas do cinema e dos quadrinhos. Se você gostou da primeira parte, vai adorar esta daqui. Falamos de Justiceiro: Nascido para Matar, Às Inimigo, Soldado Desconhecido, Persepólis, Magneto: Testamento, Sargento Rock e as primeiras aventuras de Nick Fury, quando ele era sargento! Nos filmes, só coisa fina: Nascido para Matar, Cruz de Ferro, Glória Feita de Sangue, O Pianista, Fomos Heróis e uma penca de outros!

E a partir de hoje pedimos sua participação para gravarmos um programa inteiro feito pelos espectadores! Daqui a umas duas semanas vamos abordar o tema Criaturas! Vale tudo que é bicho, filmes e quadrinhos de alienígenas, espíritos, insetos gigantes, monstros horrorosos, seres mitológicos, espécies marinhas, caras fantasiados com zíper aparecendo, gente bizarra e nojenta, etc. Existem produções muito legais, como Cloverfield, O Hospedeiro, Doc Frankeinsten, A Mosca, Guidorah, Hellboy, enfim, coisa pra caramba. Mas dessa vez são vocês quem vão dar as indicações! Enviem-nos sugestões de quadrinhos, filmes, livros e séries! Mandem por e-mail (pipocaenanquim[at]gmail.com), pelo Twitter ou mesmo nos comentários aqui do blog. Vamos conferir todas as dicas e as mais legais falaremos no programa, dando o crédito ao sujeito que enviou! Não custa nada brincar, não é mesmo? Caprichem aí!

Até semana que vem!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Avatar Murilo

Misto-Quente, de Bukowski

 

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Poucos livros conseguem representar bem seu tempo e uma fase da vida. Um feliz exemplo é o essencial Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, que, infelizmente, muitos ainda não leram (um dia escrevo um artigo sobre ele). O norte-americano Charles Bukowski já tinha uma certa notoriedade como escritor por seus livros com abordagem realista e auto-biográfica quando escreveu sua maior obra, o romance que  que seria considerado por muitos como um novo Apanhador no Campo de Centeio e um dos melhores romances americanos do século XX. Não por ser parecido, muito longe disso, mas por transmitir com perfeição a adolescência pobre e sem perspectivas da época da Grande Depressão Americana. Tudo com uma linguagem seca e dura, maior marca de Bukowski.

Como havia prometido um post para o iCult Generation (um dos melhores lugares da internet para se ler sobre livros), escrevi sobre essa grande obra de Bukowski. Clique na imagem ou AQUI e veja a visão de mundo pessimista de Henry Chinaski.

Avatar Felipe

Karate Kid

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Minha primeira reação, ao anunciarem um remake de Karate Kid, foi de reprovação. Tudo bem que o original não era uma obra cinematográfica incrível, mas me traz boas lembranças da infância. Quando disseram que o moleque aprenderia kung f, em vez de karatê, a revolta só aumentou. Mas resolvi deixar meu preconceito de lado e assistir ao famigerado filme. E vejam só vocês, acabei me surpreendendo e achei o filme realmente bom, fazendo uma bela homenagem ao original.

A estrutura básica do roteiro se mantém a mesma do filme de 1984: um garoto é obrigado a se mudar junto com a mãe e não se adapta muito bem ao novo lugar. Depois de muito apanhar de alguns valentões, ele conhece um mestre em kung fu que o ensina a lutar usando técnicas nada convencionais. Só que em vez de mudar de estado (como Daniel-san, no original), mãe e filho se mudam para a China. Isso acaba deixando as coisas mais dramáticas para o novo protagonista, porque se uma mudança já é difícil, imagine mudar para um lugar onde quase ninguém fala a sua língua.

Infelizmente, eles mudaram também o que era mais divertido no filme original: o treinamento do Sr. Miyagi. Esqueça aquela coisa de lixar o assoalho, encerar o carro ou pintar a cerca. Os ensinamentos do Sr. Han (Jackie Chan) só têm “tire a jaqueta, pendure a jaqueta e coloque a jaqueta”. Se já era mentiroso alguém aprender karatê fazendo trabalhos rotineiros, o que se pode dizer de aprender o básico do kung fu apenas com um casaco? Felizmente o treino não fica só nisso, dando um pouco mais de credibilidade ao filme. Tirando essas pequenas mudanças, a nova versão de Karate Kid vai seguindo a estrutura do original, com a amizade entre o Sr. Han e Dre Parker aumentando a cada dia. Talvez a grande diferença esteja mesmo no personagem de Jackie Chan, muito mais sério e amargurado que o carismático Sr. Miyagi.

Não sei se foi a participação de Jackie Chan no filme, mas as lutas estão bem mais empolgantes que no original. A cena de luta em que o Sr. Han salva Dre no beco é típica dos filmes de Jackie Chan. A garotada escolhida pra figurar no torneio de artes marciais parece capaz de meter a porrada em qualquer Cobra Kai. E falando no torneio, no lugar do famoso golpe da garça temos agora o golpe da cobra, que conseguiu ser ainda mais mentiroso que o golpe do original, além de ser meio sem graça. Não acredito que ele vá conseguir se fixar no imaginário das pessoas como o golpe da garça conseguiu.

 

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No final das contas, a sensação que fica é que o novo Karate Kid é apenas uma boa homenagem ao original, não indo muito além disso. Claro que isso não é um ponto negativo, já que ele consegue divertir tanto quanto o filme de 1984. Resta agora esperar pela continuação e ver se os roteiristas ainda vão se guiar pelos filmes originais, ou se vão criar histórias totalmente inéditas com os novos personagens.

 

Karate Kid (EUA, 2010)

Diretor: Harald Zwart

Duração: 140 min

Nota: 7,5

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

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Como fazer piratas desembolsarem dinheiro: pedindo!

 

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Simon Klose resolveu fazer um documentário sobre os fundadores do Pirate Bay. Para isso, passou dois anos na sombra de Peter Sunde & Cia e conseguiu juntar mais de 200 horas de filmagens. O doc se chamará The Pirate Bay: Away From Keyboard (Away From Keyboard é uma expressão similar a In Real Life) e se focará no Pirate Bay Trial, o julgamento decorrente do processo que os três fundadores do site - mais um investidor - receberam, e das consequências dele no sentido de mobilização da juventude, e do fortalecimento do Partido Pirata. No final do documentário, Klose mostrará o resultado do julgamento do recurso da condenação deles… que acontecerá final desse mês. Ou seja: o documentário completo só deve ficar pronto ano que vem.

Como não tem muita grana, Klose criou uma campanha online para arrecadar dinheiro e contratar montadores profissionais para realizarem a edição do filme. O plano era conseguir US$ 25 mil em 30 dias, uma quantia bem razoável. Mas o resultado surpreendeu mais do que os milhões doados a Wikipedia de quando em vez: em meros três dias Klose conseguiu US$ 30 mil - nesse momento, às 2h45 min (tá achando que vida de blogueiro é fácil?!), ele já conseguiu US$ 31.432. O excedente, segundo ele, será para ajudar na divulgação e pós-produção.

Como esperado, o doc será lançado gratuitamente na internet, sob uma licença Creative Commons, e com código aberto; e diversos usuários já se prontificaram pra traduzir tudo e legendar. Sim, tudo sem precisar de processos, ameaças, propagandas toscas ou promessas… quem disse que piratas não põem a mão no bolso?

 

Watch the TPB AFK Trailer! from Klo on Vimeo.

[Via Geek]


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