quarta-feira, 13 de abril de 2011

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Microsoft diz NÃO ao Exército americano

 

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Em um belo dia, algum comandante do Exército dos EUA teve a brilhante idéia de abandonar os PCs usados pela corporação no treinamento de soldados, e comprar vários Xbox 360. Plano perfeito… só que a Microsoft não gostou, e recusou a proposta.

Primeiramente, o motivo da troca são vários, começando pelo fato que os soldados estão mais familiarizados com consoles. Consoles também são mais baratos que treinamento ao vivo ou sofisticados programas de computador, principalmente para o Exército e o Corpo de Fuzileiros Navais. Se juntarmos que hoje se joga mais em consoles que em PCs - ao menos jogos em seu conceito mais difundido, games hardcore (termo que Eu acho em desuso, mas isso fica pra outra hora) -, não é difícil imaginar porque os militares preferem um hardware dedicado a jogos.

Os militares também preferem o hardware dos consoles, que com seus controles trazendo a função de rastrear movimentos, facilitam a adoção de um treinamento mais eficiente. O Wii, Kinect e PS Move seriam perfeitos para soldados treinarem a mira, bem como agilidade, com a vantagem de não precisarem de complicadas adaptações de acessórios e drives necessários em PCs - palavras do Exército, não minhas.

Mas os planos dos militares foi frustrado. O responsável por comprar equipamentos de treinamento para o Exército americano, Roger Smith, disse que a empresa de Gates/Ballmer recusou a oferta por três motivos [tradução do Gizmodo]:

  • A Microsoft estava com medo de que o exército iria comprar muitos Xbox 360, mas só compraria um jogo para cada um, então a MS não ganharia muito dinheiro com jogos.
  • Uma compra grande por parte de exército iria causar falta de Xbox 360 [no mercado].
  • Se o Xbox virasse um equipamento de treinamento do exército, isso iria manchar a reputação da Microsoft. A Microsoft estava preocupada: "queremos que o Xbox 360 seja visto como tendo o gosto de uma arma? Queremos um pai e uma mãe sabendo que o filho deles está comprando o mesmo console no qual as forças armadas treinam os SEALs e os Rangers?”

Perguntada sobre a questão, a assessoria da empresa disse que desconhecia a conversa de representantes da Microsoft com o Exército, mandou a declaração abaixo:

"[O Exército] Tem múltiplos caminhos para prosseguir na construção de simulações. Podem juntar-se com desenvolvedores profissionais que trabalham no Xbox 360 que têm a experiência necessária para auxiliá-los com o desenvolvimento de uma simulação complexa.

De fato, o Exército fez isso isso com sucesso no passado, trabalhando com editoras como a Ubisoft (America's Army) e THQ (Full Spectrum Warrior). Ou, se o Exército prefere construir uma simulação sem envolver profissionais de desenvolvimento de jogos, a Microsoft também permite que desenvolvedores independentes criem jogos para o Xbox 360 usando a ferramenta XNA Game Studio (…)".

Uma resposta obviamente evasiva e corporativa, que não explica as questões abordadas pelas declarações de Smith - que mostram respostas embasadas, que parecem realmente partidas da Microsoft, principalmente na parte que fala da Microsoft não querer associar a imagem do console a uma arma de fato.

O caso ainda está em aberto, mas o Exército parece que esfriou em sua vontade de encher seus soldados com horas e horas de jogatinas em Xbox 360. Smith diz "ficaria feliz de retomar estas discussões se a Microsoft estiver interessada em vender esses produtos para nossa comunidade, mas nosso entusiasmo inicial esfriou".

 

[Via Danger Room]

1 comentário

MPauloS disse...

Perdeu a Microsoft, a sony vendeu milhares de Ps3 para o exército americano, claro que isso foi antes deles caparem a função de rodar Linux no console.

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