quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Avatar FiliPêra

Top Ten - Contra o Crime




Roteirista: Alan Moore
Artista: Gene Ha
Esboços: Zander Cannon

Tá bom...eu admito. Da primeira vez que li Top Ten: Contra o Crime não gostei nem um
pouco. Achei a hstória chata, a narrativa arrastada e tudo muito pretensioso. Mas eu, como fã incondicional de Alan Moore, resolvi dar uma segunda chance ao álbum, e
digo:

NUNCA FOI TÃO BOM QUEBRAR A CARA.


A HQ conta a história de Neopolis, uma cidade só habitada por super-heróis, devido a
grande quantidade que apareceram deles. É claro que a força policial de uma cidade
assim só poderia ser super também (afinal, controlar uma população com super-poderes
extraordinários não é nada fácl). E são eles que são o foco da HQ, mais
especificamente o décimo distrito policial, conhecido como Top Ten.
A narrativa começa com a chegada de uma nova policial ao distrito, e sua gradual
adapatação à força policial. Aos poucos vão aparecendo os casos mais estranhos que
uma força policial já enfrentou, como o Tarado-Fantasma (quem não lembra do
Homem-Invisível, da Liga Extraordinária, também de Moore ?), cujo nome já diz tudo.
Junto com a adaptação da nova policial,Robyn Slinger, a Toybox, nós, os leitores também vamos nos
adaptando a rotina de um distrito policial - acredite, após dois capítulos vocês já
vão estar plenamente adaptados aos maneirismos da série, com seus personagens
exóticos e narração que vai mudando o foco a todo o momento.
Essa primeira edição, chamada aqui de Contra o Crime, reúne os sete primeiros capítulos
da revista mensal. O segundo volume, Assuntos Internos, completa a série.
Toda a história é muitíssimo bem construida. Com histórias paralelas acontecendo em
todo o lugar, e os quadrinhos mais bem aproveitados que eu já vi, com diversas
coisas acontecendo ao mesmo tempo. Problemas se resolvendo (e aparecendo) a todo o
momento.
A série também faz referências a vários clichês de histórias policiais, sendo o mais
hilário deles o personagem Sargento César Kemlo, um cachorro com um exo-esqueleto,
que tem aquele estilo de detetive do "Hawaii 5.0".
É só incluir a imensa capacidade de Moore de tornar tudo tridimensional e crível que
você perceberá que está diante de uma HQ obrigatória, não só para os fãs de Moore, e
nem só para os fãs de HQ's. Na verdade a série é tão boa que Brian Michael Bendis criou
uma parecida para ele: Powers.





E não é só a narativa de Moore é que se destaca, a arte de Gene Ha ilustra muito bem
tudo o que Moore quer passar (e isso não é nada fácil), lembrando a arte limpa que
Dave Gibbons construiu para "Watchmen".
Bom demais!!!

Nota: 9,0

FiliPêra

1 comentário

K.B.L.O disse...

Alan Moore, sempre foi sempre será o fodao...
mas ai tb n entra me conta uma pa de gente rs....
belo trabalho cara..c levar em frente ese blog vai ser foda e com futuro...

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