terça-feira, 28 de agosto de 2007

Avatar FiliPêra

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Roteirista: Mark Millar
Artista: J. G. Jones

Mark Millar (r)evolucionou o gênero de super-heróis. Ponto.
Após Alan Moore, com Watchmen (breve aqui) e Frank Miller, com O Cavaleiro das Trevas (breve também por aqui), trazerem os super-heróis para a realidade, após passarem uma temporaaaaaaaaada em meio a excessos. É difícil calcular todo o impacto dessas duas obras no gênero dos super-heróis.
Voltando a Mark Millar...ele que foi um dos últimos membros da Invasão Britânica (que trouxe gente como: Alan Moore, Grant Morrison e Neil Gaiman; resumindo...os melhores), pegou uma obra do também britânico Warren Ellis (também muito bem roteirista, o mesmo da superlativa série Planetary; breve por aqui também) e as transformou em uma série precursora e póscursora (ao mesmo tempo) de um novo gênero de super-heróis: os super-heróis violentos.
Aqui ele faz algo próximo, mas oposto. Os super-heróis foram derrotados e os vilões dominam o mundo em segredo. Nesse universo somos apresentados a Wesley Gibson, um perdedor nato que tem uma vida de merda, pra simplificar tudo.
Um dia aparece uma mulher, e conta toda a verdade sobre a vida dele (e sobre o resto do mundo).





Mark Millar

Wesley, na verdade é filho de um super-vilão, chamado The Killer, que foi morto e disse que se o filho conseguir seguir seus passos herdará toda a sua fortuna.
Começa então uma jornada de iniciação, onde Wesley descobre toda a verdade sobre o funcionamento do governo dos vilões, além de passar a saber que eles não estão tão unidos assim.
Toda a narrativa é bem construída, com cenas de ação antológicas e cinematográficas (tudo muito típico de Millar) e um ritmo bem acelerado, mas sem se aprofundar muito em qualquer tema importante.
A sacada mais inteligente é o final, que após todas as reviravoltas usuais com tudo se resolvendo, Millar usa uma metalinguagem ferrenha, usando Gibson pra jogar na nossa cara como nossas vidas são patéticas.
Muito bom, mas não passa de um aperitivo de luxo pra obra máxima de Millar: Os Supremos (agurade!!!).

Nota: 7,5

FiliPêra

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