quinta-feira, 10 de junho de 2010

Avatar Voz do Além

Thom Yorke prevê o fim da indústria musical

 

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Em outubro de 2007, o Radiohead lançou In Rainbows. Musicalmente, apesar de ser um discaço, não era uma nova revolução como rolou com OK Computer, lançado 10 anos antes. Mas o formato em que o disco foi lançado - digital, com preço definido pelo usuário - é que foi o grande chamariz do empreendimento. Tá certo que depois a EMI lançou o álbum em uma caixa especial com dois CDs e dois discos de vinil (depois de ela muito insistir, já que o Radiohead havia rompido contrato com ela), mas o passo já tava dado, e alguns logo disseram que a iniciativa havia sido decisiva para fazer as coisas se encaminharem para o fim da indústria musical como ela era conhecida.

Nada mais correto. A indústria musical provavelmente não acabará, mas as majors provavelmente sim, ou, no mínimo, terão seu poder imensamente diminuído, como já se pode comprovar através de uma miríade de artistas independentes que fazem sucesso. Thom Yorke comentou o assunto num  livro britânico sobre dever cívico chamado The Rax Active Citizenship Toolkit, o que me faz imaginar que o conteúdo de um livro de cidadania britânico é realmente interessante, e deve ter mais que o hino de salve a rainha, e realmente ensine aos jovens coisas como ser politicamente alfabetizado. As palavras dele vão ainda mais longe, e incitam jovens artistas a não assinarem contratos com gravadoras, e prevê para meses, e não anos, uma crise irreversível na indústria musical.

Mesmo que nos últimos anos estejamos vendo iniciativas interessantes para salvar a indústria - iTunes, Spotify - aquela dinheirama fácil das grandes gravadoras, juntamente com o poder que elas tinham sobre todos os artistas, desceu pelo ralo. Agora elas têm que repartir seus lucros com a Apple, com a Activision, para colocar faixas no Guitar Hero, vender faixas digitalizadas por preços mais justos, ou sentar e chorar enquanto Trent Reznor e Thom Yorke, dois grandes e criativos artistas pregam o fim delas.

 

[Via CrunchGear]

3 Comentaram...

Philipe disse...

Pra mim essa conversa de que as majors vão cair não é tão acurada assim, pq eu ainda tenho que ver boçais lady gaga e afins na tv, radio, etc. Eu na verdade to esperando por esse dano na industria, pq quando uma beyonce da vida não conseguir gravar um disco por falta de dinheiro, aí estarei rindo a toa(nunca vai acontecer, buaa). Antes as gravadoras deitavam e rolavam praticamente em todo lugar, em todos os tipos de musica, e controlava o mercado inteiro como queria, agora vejo que a força deles é mais focada em algumas coisas só, por exemplo o fenomeno lady gaga foi absurdo(e repugnante), a mulher é considerada uma revolução(de imagem mas o conteudo é o mesmo), e eles conseguem implacar pessoas(idiotas) assim. Só não conseguem guiar o mercado mais como quando tentaram afundar o metal nos anos 90.

FiliPêra disse...

@Philipe...

Sim, Lady Gaga é um fenômeno, mas veja quantos discos ela vendeu e compare com uma Maddona da vida - e depois ainda some o que ela vendeu no iTunes e Amazon MP3. Pense que Maddona ainda coexistia com Michael Jackson, outro mega campeão de vendas, e hoje não existe mais espaço para isso, o mercado não aguenta.

E tenha em mente o seguinte: existiam quatro majors do mundo musical: EMI, Universal, Warner e Sony BMG. Veja quantas delas hoje estão dando lucros. Depois compare com os lucros de 10 anos atrás.

Em outras palavras: ela ainda consegue criar fenômenos, mas financeiramente não é nem sombra do que já foi!

Darlan disse...

Eu acho , sim, que a indústria musical vai ter que lançar algo incrivelmente revolucionário para poder continuar mantendo o padrão lucrativo que ele teve até o fim da década de 90 e do meio da década de 2000, já que, como o mercado de vendas de cds tem caído violentamente e que o download pago está começando a ser mais conhecido pelo público popular agora, comparando a faixa de preço de cada produto pode-se perceber o baque financeiro que a indústria fonográfica terá logo a frente se algo incrivelmente revolucionário não foi feito! Por que venhamos e convenhamos, fora à um verdadeiro milagre, benção, aleluia, chamado ADELE, nunca mais foi visto nos dias de hoje as vendagens astronômicas que via-se em tempos de AC/DC, Michael J. e Mariah C., em um tempo onde um artista desses lançava um disco que vendia facilmente 30 milhões de cópias e nem era na época eleito mais vendido do ano. Atualmente o mais vendido do ano (tirando o último milagre, benção, aleluia, chamado ADELE) o mais vendido do ano não passa de 10 milhões de cópias, o que pra mim é algo preocupante. Será que são artistas que não são tão bons quanto antigamente ou é verdade, estamos fadados a ver o iminente declínio da indústria musical?

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