terça-feira, 8 de junho de 2010

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O Símbolo Perdido

Por Paulo Roberto, do Em Paralello

 

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Nunca me considerei um ávido fã por Dan Brown. Apesar de O Código da Vinci ter sido um bom livro, bem como Anjos e Demônios (os outros nem valem a pena serem citados) meu apreço pelo referido escritor nunca beirou ao fanatismo ou que me levasse sempre a estar “antenado” em seus lançamentos.

Após a leitura da trilogia Millennium, de Stieg Larsson (esse sim, foi perfeito), comecei a me perguntar qual seria o próximo livro a ser lido. Conversando com um colega de trabalho e perguntando se ele me indicaria algum, me deparei com uma resposta que, a princípio não me agradou muito : “Por que você não compra O Símbolo Perdido de Dan Brown?”. Logo emburrei a cara e disse que preferiria outro, mas pedi que me contasse um pouco sobre a história. Após ouvi-la, confesso que ele conseguiu despertar a minha curiosidade.

Roberto Langdon mais uma vez retorna nesta nova trama de Dan Brown. Após sua natação matinal na piscina da Universidade de Harvard, o mesmo, após retornar a sua casa para moer os grãos de café às seis horas da manhã, percebe que sua secretária eletrônica está com a luz vermelha piscando, indicando que possui uma nova mensagem. Era o secretário executivo de Peter Solomon. Estranhando a ligação aquela hora, Langdon de imediato retornou e descobre que Peter Solomon, seu grande amigo o estava convidando para ser orador em um importante evento de gala no Salão Nacional das Estátuas do Capitólio, o melhor salão de Washington.

Peter Solomon era o líder da Família Solomon, influente nos Estados Unidos. Era uma família riquíssima, seus são nomes vistos em prédios e universidades ao longo de todo o continente norte americano. Peter herdou a liderança de sua família muito jovem, após a morte de seu pai, se tornando um grande filantropo e maçom do mais alto grau, além, é claro de administrador da riqueza de sua família.

Robert aceita o convite às pressas, e se dirige a Washington em um jatinho particular que já o esperava no aeroporto. Chegando na capital americana faltando apenas pouco tempo para o início de sua palestra, Langdon é levado diretamente para o Capitólio. Entrando na correria, o simbologista se dirige eufórico até a sala onde ocorreria sua palestra e quando finalmente adentra ao salão, tem uma inesperada surpresa, não havia ninguém lá no local, ele estava completamente deserto.

Langdon começa a se movimentar de um lado para o outro a fim de conseguir sinal para o celular e ligar para o assistente de Peter, que após atender o telefone, e com uma voz totalmente diferente responde que está com Solomon. Mal’akh, um homem forte, ambicioso, inteligente, tatuado da cabeças aos pés e algoz de Peter, diz que a vida do mesmo depende unicamente do simbologista que é o único capaz de destrancar um portal místico existente em Washington, que lhe daria acesso aos “Antigos Mistérios”.

Perplexo com a notícia que acabara de receber, Robert se dirige a Rotunda do Captólio, quando ouve o grito de uma criança chamando o pai. Percebe uma mão no meio da Rotunda, embora em um primeiro momento tivesse tido a impressão de que fosse a mão de um manequim, Langdon observando com mais afinco: “O mundo à sua volta começou a girar quando ele percebeu que estava olhando para a mão direita cortada de Peter Solomon”. A Mão de Peter não estava simplesmente cortada, mas disposta de uma forma diferente reproduzindo um antigo contive para a iniciação no conhecimento secreto de todos os tempos.

Langdon se ver obrigado a atender as exigências de Mal’akh, a fim de salvar a vida de Peter. Para isso, contará com a ajuda de Katherine Solomon, irmã de Peter e especialista em ciência noética (um post sobre a referida ciência já está em andamento e em breve será postado aqui), que juntos irão passar por passagens secretas, desvendar símbolos e mistérios maçônicos antigos, escondidos (ou aparentes) por todos os grandes monumentos de Washington.

Dan Brown mais uma vez surpreende em sua narrativa. O mesmo descreve com requinte de detalhes os maiores pontos turísticos de Washington; e não só isso, por mais que não queiramos confessar (me incluo também), o autor consegue atiçar a mente criativa dos leitores de sua obra. Ele envolve os mesmos no ambiente em que seus personagens estão, que graças a ele os mais famosos monumentos da capital dos EUA nuca mais serão como eram.

Outro ponto que vale ressaltar: os conteúdos históricos e artísticos presentes no livro. Creio eu que por ser casado com uma historiadora e pintora, obviamente seu braço direito nas pesquisas para seus livros, Dan Brown consegue explicar fatos históricos, símbolos antigos e obras de arte antigas com a máxima perfeição, nos dando uma perspectiva diferente da que outrora tínhamos.

Vocês podem estar se perguntando se Dan Brown ainda seria capaz de narrar uma história que prendesse o leitor como outrora, mas arrisco dizer que O Símbolo Perdido se mostra tão fascinante ou melhor que O Código Da Vinci, trazendo ao leitor temas como ciência noética, grandes obras de arte, culturas diferentes, pontos turísticos, religião e por fim a maçonaria, instigando leitor a novos conhecimentos.

Fico aqui com a citação de um jornalista do The New York Times: O Símbolo Perdido é denso, exótico, cheio de códigos e pistas, imagens impressionantes e a dinâmica incessante que torna impossível deixá-lo de lado. Esplêndido. Outra história arrebatadora de Robert Langdon”.

 

Autor: Dan Brown

Páginas: 489

Nota: 8,5

13 Comentaram...

Edd Rocha disse...

Eu já li Todos os livros do Dan Brown exceto o Símbolo Perdido. E com o tempo, percebi o quanto as obras do Dan Brown são previsíveis. Todos os livros, apesar de histórias diferentes seguem sempre a mesma linha narrativa. Por esse motivo, nem estou tão empolgado em ler esse novo livro dele. Claro, é impossível negar que é fascinante o detalhismo dos monumentos e pinturas e seitas secretas, mas tirando isso é sempre a mesma coisa: Robert Langdon se envolve numa aventura contra uma seita oculta, conhece uma professora gostosona E inteligente bagarai e depois salva o mundo da destruição. ¬¬
E a propósito eu considero Anjos e demônios mil vezes superior ao Código da Vinci .

Aleatório disse...

Opa!

Gostei do post, mas não irei ler o livro. Depois que Dan Brown propôs a existência de um algoritmo de criptografia indecifrável, eu perdi toda vontade de acompanhar a obra dele. =x

Tipo-B disse...

Discordo completamente. Achei O Código Da Vince uma leitura bem envolvente e gostosa, mas o resto dos livros do Dan Brown só mostra o quanto as tramas são repetitivas e os personagens são rasos. Dan Brown sabe explorar com maestria a arquitetura e os mistérios de seu cenário, e só. Por mim seria um ótimo guia turístico. Todo o resto é uma baboseira infundada com final totalmente previsível.
Para tramas de mistério e investigação realmente envolvente eu recomendaria as histórias de Sherlock Holmes.

O Beato Enéias disse...

Eu li Fortaleza Digital,constrangedor,O Código da Vinci,que gostei,e Anjos e Demônios,pra mim o melhor,e lerei este,já que o assunto mais uma vez é fascinante.Dan Brown é um Michael Bay literário,quando acerta,a diversão é garantida.

chrono disse...

o nome do personagem esta errado: Roberto Langdon
Dan Brown escreve bem, mais o simbolo perdido termina muito bobo, mesmo assim Dan Brown é o fo**

Unknown disse...

Rapaz, vc deve ter lido um outro livro.
O Simbolo Perdido que li, desse mesmo "autor", está na minha lista de piores livros escritos na história. A comparação com O Código DaVinci é apropriada já que esse "O Símbolo..." usa os mesmos artifícios, só mudando nomes de personagens e lugares, com o "diferencial" de não ter uma grande surpresa no final, algo que fiquei esperando para ver se em algum momento a o tempo que perdi lendo-o acabaria valendo a pena. Não valeu e joguei trinta reais no lixo. A nota 8,5 é no mínimo uma piada sem graça, ou repetida.

Unknown disse...

"só mudando nomes de personagens e lugares"

O amigo disse tudo! Eu lendo esse livro achava que era um remake do próprio código da vinci! Tudo muito previsivel. Uma pena, acho que Dan Brown tem livros ótimos sim...mas esse não é um.

Space Con disse...

Considero 8,5 um extremo exagero!

Dan Brown é melhor vendedor que escritor!

spider reclamão disse...

Já escutei muita gente falando que Dan Brown faz "literatura para vender". Eu já li quase todos os livros de Dan Brown, excluindo O código da vinci, ponto de impacto (que por sinal já comecei e parei de ler ele 3 vezes) e o último, que é esse. Bem, concordo com o leitor que disse que Anjos e Demônios é superior, e ao meu ver, é o melhor que ele já fez até hoje. Fiquei interessado para fazer a leitura, por isso não vou tirar conclusões antes de ler, mas espero que seja no mínimo empolgante. Também fico feliz de ver novamente o Paulo postando aqui. E como ele mencionou a triologia Millennium, que foi uma das minhas melhores leituras ultimamente, tenho que registrar que não gostei nem um pouco da adaptação do livro para o filme, espero muito mais na versão de hollywood, que ao menos o diretor é um dos meus favoritos. E sobre uma outra resenha de "mil anos atrás", do filme nick and norah's infinite playlist achei muito fraco. Eu li o livro e depois assisti o filme, e achei o livro bem superior. Nem de longe nick and norah's infinite playlist pode se comparar com 500 days of summer.

Paulo Roberto [Em Paralello] disse...

Meu caro Lord, primeiramente muito obrigado.

Fico imensamente feliz em poder retornar ao NSN. Me sinto privilegiado e honrado em poder partilhar meus textos com todos.

Forte abraço,

Att,

Paulo Roberto

***©öNЀSSÄ™*** disse...

Ola, putz comecei a ler O SIMBOLO PERDIDO, mas acho que me perdi ao ler os comentarios de nossos colegas e leitores, mas mesmo assim não vou morrer na praia, quando começo um livro por mais ruim que ele seja, vale a pena tentar descobrir oque tem nas entrelinhas e isso eu adoro...
Adorei o site e voltarei, paRa dar minha analise sobre o que li.
Abraços

Sandra

GALHO DE MATO disse...

O bom dos livros de Dan Brown é a maneira como ele escreve, prende o leitor. Os suspenses são narrados com uma maestria que parece que estamos vivendo a quilo, vendo a escuridão, os corredores as escadas e as pessoas, é simplesmente fascinante. Esse livro me prendeu pois sou M.: M.: e queria saber até onde o autor iria entrar na maçonaria. foi muito profundo pra o leigo e superficial para o Marçon. Mas confesso que gostei do livro. muito bom.

Ana Flávia disse...

Os livros do Dan, em umas páginas são de um assunto interessante e logo em seguida se torna algo cansativo e monótono, também li quase todos livros dele, estou terminando Fortaleza Digital e não to muito animada de ler o Código não, pq percebi que a estrutura é quase a mesma, não pude deixar de ver as grandes semelhanças, o quê irrita.Mas gostei muito de Anjos e Demônios e O símbolo perdido.Só desaprovo Ponto de Impacto e Fortaleza Digital.

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