segunda-feira, 21 de junho de 2010

Avatar FiliPêra

[E3 2010] Sony: A número 2 do Japão reage… mas peca pela chatice

 

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A Sony, nessa geração, está numa posição em que não está acostumada: a lanterna. O que parecia se encaminhar para uma derrota épica - em grande parte, graças a arrogância da empresa, o que lança a teoria de que nenhuma fabricante de consoles fica no topo por mais de duas gerações  - começou a mudar de figura, e o PS3 parece começar a mostrar algum fôlego - enquanto o PSP continua caminhando para uma lenta morte, trucidado pelo Nintendo DS.

O problema foi usar duas horas pra passar a mensagem. Não é reclamação de quem mandou um foda-se em Brasil x Coréia do Norte, mas de quem cansou de ficar esse tempo todo escutando um monte de coisas… e em vários momentos, coisas bem maçantes. Ou você se amarra em ficar uns 20 minutos vendo a Sony se esforçando para demonstrar como jogar um game do Tiger Woods é divertido com o PS Move (a tentativa da Sony em fazer um Wii), ou Sorcery, um Harry Potter genérico ganhando mais umas dezenas de minutos também (o Sorcery pareceu legal, que fique claro)?!

 

A Conferência começou com Killzone 3, que poderá ser jogado com o PS Move (mais sobre ele daqui a pouco). Na verdade o momento Sony da E3 começou com um blábláblá de 3D, futuro nós somos fodões, mesmo tomando na rabeta… aquele tipo de papo que a Nintendo insistiu bestamente ano passado e que estava meio furado, mesmo com a empresa numa incontestável primeira posição. E3 é para mostrar jogos e novidades, e não para montar um retrovisor e tomar o tempo todo com papo corporativo de numerólogo. Ao menos Killzone 3 é bonito e com uns itens interessantes, como um jetpack; fora ser 3D (quem estava lá, disse que foi bonito… ver pela internet ainda não tem dessas regalias de 3D), compatível com o Move, e sair em março do ano que vem. Em outras palavras: é o game pra matar a sede dos possuidores do PS3 num curto prazo. Teve mais papo 3D, mas vocês sabem bem o que penso do formato, e principalmente da idéia de querer vender tudo por causa dele, bem como do uso de óculos e tudo o mais, então, Eu não falarei mais sobre 3D… a não ser no 3DS, o novo portátil da Nintendo (me chame de puto nintendista, se quiser).

Depois de Killzone, tivemos mais 3D… com Mortal Kombat, NBA, Sly Cooper e tudo o mais, tudo apresentado de forma meio apressada, infelizmente! Esses anúncios são lugar a vedete da Sony: o PS Move (algumas más línguas chamaram o de controle para deixar os jogadores íntimos dos games, mas não farei essa piada). Com o Move veio Sorcery. É um adventure aparentemente simples, mas a função do Move sendo usada como varinha para soltar poderes com movimentos é bem legal, mesmo que não precisasse de loooongos minutos pra demonstrar isso. Prevejo moleques cruéis gritando CRU-ci-o enquanto balança o Move.

 

Nesse momento fui pegar um Guaraná gelado (meus pais odeiam Coca-Cola, e Eu sou avarento), e quando chego assisto a uma overdose de maluquice na tela, e uns momentos que quase me levam a cuspir guaraná no meu monitor. Ao menos era cuspir de rir. O jogo em questão era Heroes on the Move , um crossover nervoso com diversos personagens importantes da Sony: Jak e Daxter, Sly e Bentley e Ratchet e Clank. A jogabilidade é doida, frenética, e com o suporte ao Move. Dê um para as crianças hiperativas… ou aos que não jogaram o clássico maníaco Conker’s Bad Fur Day.

Depois Tiger Woods 11… e a Sony anuncia uma parceria com a Cola-Cola. Eu olho pro meu Guaraná meio de lado, mas continuo, tem muita conferência ainda! A Sony despeja piadas descartáveis contra a concorrência… afinal, está na lanterna mesmo, pode falar um monte, só não deve esquecer que esse tipo de atitude colocou ela no lugar onde está no momento. Após essa fase engraçada, a Sony falou mais especificamente do Move, falando coisas como preço e datas (além do fato que parece ter esquecido que ela é uma empresa japonesa): o lançamento será no dia 15 de Novembro na Europa, 19 de Novembro nos Estados Unidos e 21 de Novembro no Japão. O controle principal do Move custará 50 dólares, o Nunchuck dele sairá por 30, e os dois, mais o Sports Champion (todo o mundo quer esportes, amigo!) sairão por 100 dólares… que com um PS3 junto sairá por 400 (tire um cent de todos esses preço para chegar ao preço “real”)!

Depois o momento vergonha alheia do dia: um tal de Marcus - uma versão mala sem alça do Chris, de Todo o Mundo Odeia o Chris… mas sem alça MESMO - resolveu dar uma de garoto-propaganda, e chegou a atirar pro lado da Apple… e cara, chega de falar disso, tenho certeza que demitiram o responsável por ESSA MERDA DE CAMPANHA CHAMADA MARCUSPSP. Ao menos mostrou que a Sony não chutou o PSP pra alimentar os leões, mas deveria se concentrar desenvolvendo games e não criando campanhas ridículas e soltando piadinhas com quem a está humilhando nos quesitos vendas E games!

 

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Três games interessantes para ele: Invizimals, um game usando o conceito de realidade expandida, em que se deve caçar um bicho pela sua casa com a câmera do PSP; Patapon 3, que te transformará no cara com mais conhecimento de música tribal entre os gamers; e o arrasa-quarteirão God of War: Ghost of Sparta… que acabaram ofuscados por discursos de uma avalanche de games para o PSP (só esqueceram de dizer QUAIS), e sobre a HOME… que nada mais é do que um Second Life igualmente falido, mas que nem chegou a decolar. Tava querendo um PSP2 pra tomar o lugar do falho PSPGo? Esquece, a Sony admitiu que se equivocou com o Go, mas vai manter seu hardware antigo (e depois reclamam que a Nintendo lança muitas versões de seu portátil. Melhor muitas do que nenhuma).

Aí surge um game de verdade: LittleBigPlanet 2, uma jóia que a Sony pode dizer aos quatro cantos que ninguém tem similar. Agora é possível criar games de todos os estilos, e não só de plataforma. RPG, puzzle, estratégia (strategy… e não durmam), e tudo que sua imaginação permitir. Finalmente um acerto de boas proporções!

Falaram depois do PlayStation Plus, uma versão com alguns a mais da PSN, numa versão paga! Serão atualizações automáticas, demos mais completas e descontos. A assinatura anual é de 50 doletas, e a trimestral de 18 dólares (tire o 1 cent de novo dos valores, esse povo deve querer desesperadamente que Eu detone minha tecla 9, só pode!).

Nesse momento a Sony descansa e dá lugar para a EA Games subir ao palco. Boas novidades com eles: quem comprar uma edição limitada de Dead Space 2 para o console da Sony, vai ganhar de brinde Dead Space: Extraction, jogo do Wii que será adaptado para o Move; e a versão de colecionador do Medal of Honor de PS3, virá com MoH: Frontlines, de PS2, numa versão remasterizada. Nada exclusivo como um todo, tudo com versão especial e blábláblá, que passou a ter menos graça ainda depois que meu maior herói dos games out-Nintendo subiu ao palco:  Gabe Newell, o chefão da Valve, uma mistura de Jovem Nerd com Bill Gates.

Sem ele, a conferência da Sony seria praticamente descartável. Mas com Newell no palco, a conferência da Sony tomou outro rumo. Ele falou de uma versão misteriosa da Steam para PS3, chamada Steamworks… e Portal 2, que fez o cérebro do Bruner entrar em loop infinito. Só vejam o vídeo (reparem como o povo devia estar dormindo com o frontman da Sony, e VIBROU somente com a voz maligna de Glados assumindo o comando - admita, você tem alguma tara com ela… culminando com Gabe assumindo o controle da conferência):

 

Agora o bizarro: a dona Sony mostra que esqueceu como faz conferência - principalmente quando se está sentindo gosto de grama - e começa a anunciar games nesse momento, depois de torrar o saco do mundo com coisas banais (teve momentos que preferia estar vendo o Brasil em campo, pra você ter uma idéia). Mas, vamos aos games: Final Fantasy XIV, que será online, whatever, se você ainda tem saco, sorte sua; Mafia II, que quero jogar, o legalzudo Assassin’s Creed: Brotherhood… todos com conteúdo exclusivo para o PS3. Ah, tem Gran Turismo 5, em 3D e saindo em 2 de novembro. Mais uma avalanche de games apresentada sem muitos detalhes, mas parecendo promissores: Castlevania Lord of Shadows, Mortal Kombat, Echochrome 2, MotorStorm Apocalipse, True Crime, Marvel x Capcom 3 e DC Universe Online.

Depois, mais uma surpresa: Twisted Metal (joguei MUITO em locadoras enquanto matava aulas de Ciências), com outro gordinho, o David Jaffe. É mais do mesmo com mais insanidade. Batalhas de carro, e agora com helicópteros. No final teve um palhaço num carro, o que foi legal, mas não superou as gostosas com 3DS da Nintendo, ou os Xbox 360 Slim gratuitos para quem assistiu a conferência da Microsoft (não contei isso no outro post? É a inveja, amigos). Tá bom ou quer mais?

Depois acabou…

 

Veredito: limpe a gordura, Sony… ninguém pode saber dos games se estiver dormindo ou jogando no iPhone, principalmente se o Marcus der as caras. E não tente imitar a Nintendo, todos sabem que isso dá em fracasso. E se não fosse Portal e Twisted, dava pra puxar a descarga fácil. Ah, e cadê The Last Guardian, amigos? Esse Eu queria ver…

 

[Se quiser ver todos os trailers, passe no Gizmodo e mande bala]

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