domingo, 20 de junho de 2010

Avatar FiliPêra

[E3 2010] O Kinect e a casualidade chegando a0 Xbox

 

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[Esse ano pude acompanhar as principais conferências da E3 ao vivo, direto no canal do evento no YouTube, e recomendo a experiência a todos, já que é possível analisar todas as conferências muito melhor]

Depois de muita especulação, hype e tudo o mais, foi apresentado ao mundo o Project Natal… ou, Kinect, como ele foi rebatizado. O item foi a principal estrela da Conferência da Microsoft nessa E3… e não passou muito disso, com apenas um punhado de jogos realmente esperados pelos gamers e uma conferência seca de novidades. Na verdade, como esse é meu primeiro post sobre a E3 2010, vou logo adiantando a ordem de melhores conferências: Nintendo >>>> Sony >> Microsoft - e essa constatação não é só minha, fã confesso da Nintendo, mas de praticamente todos que acompanharam o evento.

A conferência da empresa do Tio Gates começou com um vídeo do criticado Call of Duty: Black Ops, que apesar de não ter caído no gosto dos jogadores, se mostrou melhor que a pedida, com um vídeo muito bonito, com aquela frenesi doida que tornou Modern Warfare 2 o jogão que é. No fim das contas, creio que as críticas que ele recebeu sejam justamente voltadas para o fato dele não ter muito de novo em relação a Modern Warfire.

 

Depois do abre-alas de Black Ops, sobe ao palco Hideo Kojima… somente para chamar Shigenobu Matsuyama, que mostrou um clipe de Metal Gear Solid: Rising. Conversando com o Bruner depois, o maior fã de MGS que conheço, sobre como achei Rising tosco em seu propósito, ele ficou doido… de raiva. Realmente é um belo clipe… mas, pra mim, o jogo cai naquele rótulo de game deslocado. Parece que trocaram Solid Snake por Dante (de Devil May Cry). Seria melhor terem colocado MGS: Gaiden como título.

O lance principal é que MGS e o próprio Kojima são conhecidos por manterem o foco, e esse foco é ser uma série stealth com diversos elementos cinematográficos, e isso foi completamente picotado no clipe desse game. Mas, tudo bem. Para quem não viu, Rising traz como protagonista o odiado Raiden, que depois de assumir um manto parecido com o do Cyborg Ninja, passou a sair cortando coisas por aí com a espada dele - e caiu no gosto dos fãs, mesmo de salto alto e unhas compridas. E justamente esse aspecto frenético é que foi o enfoque do clipe apresentado, com Raiden cortando tudo e todos sem dó. Parece ser ou o tipo de virada na jogabilidade da série (Kojima deu sinais que não é por aí, mas nunca se sabe), que oficialmente encerrou sua cronologia em MGS 4; ou um simples jogo coadjuvante, um spin up - em que o protagonista corta carros, colunas e melancias.

 

Depois de Rising, a ação volta, com Gears of War III… é mais do mesmo com modo cooperativo, novos inimigos e jogabilidade mais violenta… o que é ótimo, no fim das contas, é como ver a segunda sequência de um filme de brucutu. Você sabe o que vem pela frente, e se sente satisfeito, e GoW é exatamente isso! Se não gostou nem do primeiro, não vai ser o 3 que vai mudar isso.

Após Gears, chega outro titã: Fable III… mas, infelizmente, a fala de Peter Molyneux sobre o game foi bem rápida, e ela ainda se misturou com a demonstração da Crytek com um jogo de plataforma whatever, que, como é padrão da Crytek, serve muito mais para  demonstrar tecnologias visuais do que algo necessariamente inovador em termos de jogabilidade - Crysis é uma espécie de rally de testes de PC ainda hoje, e não à toa. Depois ainda veio Halo: Reach brevemente, que é a série mais hypada por nada de todos os tempos - é boa, mas deve 60% do sucesso que fez devido a escassez inicial de títulos de qualidade do Xbox Caixotão.

 

Outros trailers AQUI

Após essa maratona de games, entra em cena o Kinect - e lá ele fica por uma hora! Alguns detalhes, como lançamento - dia 4 de novembro, nos EUA - e um possível preço; mesmo sem um anúncio oficial de valores, ele está custando US$ 150 no GameStop. Até aí tudo bem, o próprio conceito do acessório (se é que podemos chama-lo assim) é interessante, mas, como talvez era de se esperar, a linha inicial de games é fraquinha. Kinect Sports (sim, nada mais Ctrl +C/ Ctrl+V) é um deles, com boliche, futebol e tudo mais; o Kinectmals (Nintendogs?), que te deixa cuidar de um animal, um jogo meio Mario Kart e outro no estilo Olimpíadas do Faustão… e outros com essa pegada família, que muitos conhecem pelo jogos básicos do Wii. Não são de todo ruins, aparentemente, mas poderiam sair um pouco da linha que o Wii apresentou em seu line up inicial… e que a Microsoft e a Sony criticaram terrivelmente como o apocalipse do mercado de games (a Sony entrou na dança também, espere e lerá). Outros que se mostraram mais encorpados foram Turn10 (não gosto de corrida, mas há quem goste) e um de Star Wars, esse sim interessante… imagine torcer pescoços com o Darth Vader.

O grande desafio do Kinect será duplo. Tanto para desenvolvedores - ele mede profundidade espacial, velocidade e distância nos dois eixos, o que deve exigir bastante no desenvolvimento de mecânicas interessantes, principalmente nessa fase inicial - quanto para jogadores, desacostumados com esse tipo de jogabilidade, e que viveram a vida toda utilizando um artefato para controlar as funções dos games, e não o próprio corpo como joystick. Um ponto ainda nebuloso é o quanto dos games será controlável, já que programar tudo para ser manipulado com movimentos não parece ser nada fácil nem tão divertido assim. Mas, no fim das contas, tudo depende da criatividade dos desenvolvedores no trato a nova ferramenta.

Se você viu os vídeos, deve ter notado uma coisa: tá todo o mundo de pé… e parece que o Kinect só pode ser usado assim, o que parece ser um problema, devido a um cansaço natural dos jogadores. Dessa forma, é difícil imaginar que um game mais longo, como um RPG, por exemplo, possa ser jogado integralmente usando o aparelho, e o simples fato de alternar entre em pé/sentado pode desestimular a uma adoção parcial dele. Porém, ainda é cedo para dizer algo taxativamente, mas me parece uma falha na construção estrutural do Kinect.

Uma função interessante mostrada pela Microsoft com relação ao Kinect (ainda me acostumo com esse nome) é uma espécie de controle gestual a là Minority Report. É possível dar pause e play num vídeo usando a voz, e controlar um filme usando as mãos, o que pareceu bastante fácil de se fazer.

Outro anúncio bombástico foi do Xbox 360 Slim. Ele é mais bonito - preto, menor e com um melhor acabamento - e tem WiFi integrado e um HD de 250 GB. E o melhor: o preço se mantém nas 300 doletas (o mesmo da antiga versão Elite), e lançamento por agora, nos próximos dias.

Ah, sabe aquele lance da Live oficialmente no Brasil desde 2006? Então, tá vindo, vindo, e nunca vem… e essa E3 não mudou nada disso!

 

Veredito: Você foi boa até Microsoft, apesar da escassez, mas as outras foram bem melhores!

3 Comentaram...

Diego Skiller disse...

FiliPêra, VOCÊ NÃO SABE NADA DE GAMES, NÃO ESTA HÁBITO HÁ DAR NENHUMA OPINIÃO, QUASE TODAS AS SUAS OPINIÕES NÃO CONDIZ COM REALIDADE.
SE LIGA!!!!!

FiliPêra disse...

@wdiego...

Eu não estou "hábito" a dar o que? Minhas opiniões não "condiz" com o que?

E que base você tem pra falar isso? Por que não responder ao invés de ficar vociferando em Caps Lock?

Filipe Carnage disse...

Hahahahah... TOMA ESSA "Mr Caps Lock"!

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