terça-feira, 20 de abril de 2010

Avatar José Renato

Mass Effect

 

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A desenvolvedora Bioware não é estranha ao mundo dos RPGs ocidentais. Quando Dungeons & Dragons era o sistema preferido pra se fazer RPGs nos EUA, a Bioware liderava o negócio com Baldur’s Gate 1 e 2, até hoje considerados por muitos os melhores RPGs baseados em D&D que já foram feitos. Não só isso, mas a engine de Baldur’s Gate também dava forças a muitos outros desenvolvedores, que criaram jogos como Icewind Dale e Planescape Torment, todos baseados nas regras de D&D Segunda Edição.

Então veio a era do 3D, e a Bioware continuou com sua liderança no mundo dos RPGs com Neverwinter Nights, um épico feito com as regras da terceira edição de D&D, e cuja engine também foi usada na sequência feita pela Obsidian, Neverwinter Nights 2 e no surpreendente The Witcher. E então a Bioware entrou para o mercado de consoles, fazendo games para o Xbox. Fato preocupante este, e mais preocupante ainda quando o próximo jogo seria baseado em Star Wars. Felizmente, Knights of the Old Republic provou ser o melhor jogo que trazia o nome da franquia, e a Bioware também provou que não esqueceu a plataforma que os trouxe ao estrelato, lançando uma versão para PC com áreas extras e armas novas.

Desde então, a Bioware decidiu abandonar suas raízes no Dungeons & Dragons e criar RPGs com suas próprias regras, com Jade Empire, um RPG na China feudal, completo com kung-fu. A passagem para a nova geração de consoles, no Xbox 360, é sobre o qual esta resenha discorrerá. Mass Effect é facilmente o jogo mais fraco da Bioware. Mas a Bioware está para os games assim como os estúdios Pixar estão para a animação: mesmo o mais fraco trabalho é melhor que muita coisa lançada por aí.

HISTÓRIA

Em 2148, a humanidade encontrou vestígios de uma raça alienígena em Marte. Uma tecnologia supostamente criada por uma antiga raça, os Proteanos, que desapareceram misteriosamente 50 mil anos atrás. Com os estudos acima de tal descoberta, a humanidade conseguiu criar naves espaciais que chegaram até Plutão, e lá descobriram um artefato, também Proteano, chamado de “Mass Relay”, que é como um portal que possibilita a viagem na velocidade da luz entre sistemas solares. Descobrindo isso, a humanidade também teve seu primeiro contato com raças alienígenas… mas não pense que é que nem Star Trek não. Nada de “não interferir com a cultura alheia”, aqui a humanidade partiu para a guerra com os Turianos.

O conflito logo se resolveu por meio de diplomacia, e então a humanidade foi reconhecida no centro galático, formando a “Aliança de Sistemas Independentes”, um dos muitos corpos políticos representantes da coletividade que forma o “espaço da Cidadela”. Este espaço é governado por um Conselho, tal qual a ONU, formado por representantes das três raças mais importantes no espaço da Cidadela: os asari, os salarianos e os turianos. O objetivo maior da humanidade é conseguir uma cadeira no conselho, o que não é visto com bons olhos pelas outras raças, já que a humanidade ganhou uma embaixada no conselho em 30 anos, enquanto outras raças levaram séculos para isso.

 

Uma das muitas "raças da Cidadela"

O Conselho é responsável por manter a estabilidade e paz galácticas, mas muitas vezes isso não é possível apenas por meio de diplomacia. Por isso, o Conselho mantém uma força tarefa especial, os Spectres (advindo de “Special Tactics and Reconaissance”). Os Spectres são uma espécie de polícia da Cidadela, que podem agir fora da lei de qualquer outra raça ou planeta e usar de qualquer meio necessário para manter a paz galáctica. Também temos aquela velha história de que não é possível se treinar um Spectre, Spectres são nascidos.

Entra nessa seu personagem, o comandante Shepard (que pode ser homem ou mulher, mas seu sobrenome continuará sendo Shepard). Você pode escolher a história passada de seu personagem da maneira que quiser, desde um soldado corajoso nascido e criado em espaçonaves até um menino de rua na Terra que se tornou um soldado eficiente, porém cruel e impiedoso. Seu personagem é enviado para uma missão na colônia humana de Eden Prime, para recuperar mais um artefato proteano que foi encontrado em escavações.

A missão não é tão simples assim. Um Spectre turiano chamado Nihlus também é enviado, mas para avaliar sua performance e dar uma recomendação final ao Conselho para que você seja o primeiro Spectre humano. Porém, a missão dá errado, e Nihlus é morto por um colega Spectre chamado Saren, que também arma explosivos para destruir a colônia e consegue as informações do artefato proteano antes de você. Seu objetivo pelo resto do jogo: conseguir provar perante o Conselho que Saren é o responsável pelo ataque, se tornar um agente Spectre, e encontrar Saren e trazê-lo a justiça. Com esse objetivo em mente, você partirá por uma jornada épica que remete a mil filmes de ficção científica, mais obviamente Star Wars.

 

Lutando contra inteligências artificiais do mal... de novo

A Bioware possui experiência com Star Wars, como eu disse na introdução, e tal maestria com os elementos do mundo de KOTOR ainda aparece aqui, num universo criado com detalhes extensos que nem sempre fazem parte da história. A história tende a ser clichê e previsível, mas o universo em si é a melhor parte de Mass Effect. Qualquer diálogo pode abrir uma nova página na história desse rico universo, as guerras passadas, as raças extintas, as discordâncias políticas, tudo criado para que o jogador fique imerso neste universo, que chega a rivalizar com o de Star Wars, e isso não é pouca porcaria. Também temos um grande paralelo ao filme The Matrix, com a existência de inteligência artificial no mundo de Mass Effect, e o fato da inteligência artificial ter expulsado a raça que os criou de seu mundo natal. O diálogo no qual o personagem jogador descobre isso apresenta um interessante dilema.

Infelizmente, as partes ruins também devem ser descontadas, e no caso de Mass Effect, são os personagens. Os NPCs são interessantes, como Saren, o capitão Anderson e os membros do Conselho, e seu personagem principal também pode ser o quão interessante você quiser, já que você escolhe suas respostas e a personalidade de seu personagem (mais sobre isso nas seções Som e Jogabilidade), mas o grupo de personagens que se junta a seu time jogável é facilmente o mais chato da carreira da Bioware. Temos um mercenário sem escrúpulos, um rapaz humano que possui implantes bióticos que o fazem ter dores de cabeça intensas, uma soldado que perdeu seu contingente em Eden Prime, um turiano que não tem ressentimento dos humanos… Enfim, nenhum dos personagens jogáveis tem uma história interessante, e nenhum deles tem o senso de humor que é característico da Bioware. Nenhum deles consegue ter linhas de quest tão divertidas como Tomi Undergallows, em Neverwinter Nights, ou o humor negro de HK-47 em Knights of the Old Republic. São personagens não memoráveis, o que é estranho ver em um RPG da Bioware.

Outro problema menor: se alguém te disser “raça X foi extinta há séculos”, pode ter certeza que você irá enfrentar membros da raça X em algum momento do jogo. Extinções não são levadas muito a sério neste universo. Porém, a história do game ainda contém surpresas o suficiente para manter o jogador em seu trajeto, o universo do jogo ainda é realmente rico em detalhes e história, e isso é que torna Mass Effect realmente interessante.

GRÁFICOS

Eu disse na resenha de Bioshock, e direi novamente, não sou fã da Unreal Engine 3. Mass Effect, infelizmente, pertence ao lado dos jogos que não conseguiram fazer bom uso da engine. Não é que ele é feio… é que RPGs normalmente precisam ter quantidade sobre qualidade quanto aos visuais. Mas ainda dói ver as limitações da engine. Por exemplo, pop-in de texturas e objetos é frequente, principalmente quando viajando pelos planetas com o Mako (mais sobre isso na seção Jogabilidade). Outra coisa tão triste quanto isso é ver, cada vez que o jogo carrega uma nova área, as texturas são carregadas durante o jogo, e você vê as texturas simplesmente criarem detalhe na sua frente. Outros problemas menores são as sombras, que tendem a aparecer onde não devem, ou fazer o rosto dos personagens parecer deformado às vezes, ou o framerate inconsistente que faz o jogo dar trancadinhas apenas em certos lugares, como a Cidadela (infelizmente, a Cidadela é o lugar mais frequentemente visitado do jogo) e as texturas faciais relativamente borradas.

 

O jogo tem bons visuais... às vezes

Mas mesmo com esses problemas, o jogo ainda é competente visualmente. Os modelos de personagem são todos bem feitos, a sincronia labial durante as falas é perfeita, os efeitos de iluminação são ótimos, tudo tem efeitos de HDR, Depth of Field, explosões são suficientemente explosivas, e o jogo possui também um bom Motion Blur para qualquer movimento, e um efeito de Film Grain, para fazer o jogo parecer um filme de ficção científica antigo, como o próprio Star Wars. Só não espere um trabalho maestral digno de Crysis… mesmo porquê, eu ainda não sei porquê continuam fazendo jogos numa engine tão feia.

SOM

A trilha sonora de Mass Effect raramente aparece, mas quando aparece, ou são tecladinhos dignos dos anos 80, ou é uma trilha épica para batalhas épicas. Os sons de armas são todos muito bem distintos e convincentes como fuzis de assalto, pistolas e escopetas do futuro. Mas o que realmente importa em Mass Effect (e qualquer outro RPG da Bioware pós-Knights of the Old Republic) é a voz. Aqui tem atores de peso cinematográfico para seus personagens, como Keith David (o Childs, de The Thing), Marina Sirtis (a Conselheira Troi, de Star Trek Next Generation) e Lance Henriksen (o andróide de Aliens e o protagonista da série Millennium). Keith David especialmente faz um ótimo capitão Anderson, o mais simpático dos NPCs. E mesmo os que não tem história no cinema ainda fazem um trabalho espetacular, e o número de vozes e falas diferentes para cada personagem é simplesmente impressionante.

O jogo possuía alguns problemas no som com placas de som on-board, mas desde então já foi tudo consertado com os patches mais recentes. Caso haja problemas em sua máquina, procure o patch 1.02.

JOGABILIDADE

Sigamos a ordem das coisas. Primeiro o jogador cria o personagem. Você pode selecionar vários passados diferentes que alteram o seu valor inicial de alinhamento, e selecionar dentre 6 classes de personagem diferentes. O soldado (Soldier) é o mais chato deles, especialista em combate que pode usar todos os tipos de armas diferentes e armadura pesada. O engenheiro (Engineer) é especialista em desabilitar as armas dos inimigos, hackear inteligências artificiais, e abrir fechaduras. O adepto (Adept) é um especialista em bióticos, o equivalente de magia, ou da Força, em Mass Effect, ele pode fazer inimigos flutuarem, serem jogados por metros, ou serem sugados por buracos negros. As outras 3 classes são classes mistas, que combinam as três principais especialidades. O jogador deve escolher sua classe pelo seu estilo preferencial de jogo.

Logo depois da introdução vem o melhor sistema de escolha de diálogo que eu conheço. A cada diálogo, aparece um pequeno menu circular abaixo da legenda, e o jogador deve rodar o mouse para a opção que achar mais conveniente. As opções normalmente são apenas um tom geral no qual você deseja responder; a resposta do comandante Shepard nem sempre será exatamente a mesma que você apontou, mas o tom geral da resposta será preciso. Depois de um tempo, é fácil perceber que as respostas de cima são legais, e as respostas de baixo são malvadas, mas ainda assim o sistema é interessante. Você também pode gastar pontos de skill com “Charm” ou “Intimidate” dependendo do alinhamento que queira para seu personagem, com os quais você pode convencer personagens a aceitarem ou fazerem algo que você quer. Nada de jogadas de dado aparecendo na tela: ou você tem Charm/Intimidate suficiente, e nesse caso a opção do diálogo estará colorida, ou você não tem e nesse caso a opção estará cinza.

 

Se você não gosta desta tela, RPGs não são para você

Falando nas skills, temos uma infinidade de opções diferentes, dependendo da classe que o jogador escolheu ao iniciar o jogo. Estas te permitem utilizar armaduras diferentes, armas diferentes, te dão novas habilidades com as armas, bônus de dano e precisão, redução de dano, uso de habilidades próprias para remover os escudos dos inimigos ou desabilitar suas armas, ou aumentar a duração das habilidades bióticas. O inventário tende a ser um pouco limitado, com apenas 150 itens, e tende a ficar desorganizado, com nenhuma maneira de se trocar os itens de lugar, sem poder separá-los por qualidade.

Sobre o sistema de alinhamento: ao contrário dos títulos anteriores da Bioware, Mass Effect não possui apenas um eixo para definir o alinhamento, que é malvado quando cai e bonzinho quando sobe. Mass Effect possui dois eixos, um eixo Paragon (lado bom da Força) e um eixo Renegade (lado negro da Força). Dar respostas e fazer coisas decentes e altruístas aumenta seus pontos de Paragon, enquanto atos cruéis e impiedosos aumentam seus pontos de Renegade. A vantagem deste sistema é que, ao contrário de KOTOR ou Jade Empire, você não pode passar o jogo todo em um alinhamento e depois simplesmente começar a fazer coisas contrárias para mudá-lo. Se você passou o jogo todo sendo um cara cruel, ninguém vai esquecer disso simplesmente porquê você deu uma esmola. A desvantagem disso é que é impossível manter-se neutro. Na opinião deste, o sistema com dois eixos dá uma dinâmica maior aos diálogos do que nos RPGs anteriores, portanto considero uma vantagem.

Então, para o que interessa: combate. Mass Effect é um RPG incomum no que diz respeito ao combate, principalmente se tratando de um RPG da Bioware. Jade Empire já era em tempo real, porém Mass Effect leva isso mais além; o sistema é praticamente como se fosse um jogo de tiro em terceira pessoa. De fato, Mass Effect é um jogo de tiro em terceira pessoa. Você utiliza de várias armas comuns, como fuzis de assalto, fuzis de precisão, pistolas e escopetas para acabar com inimigos em trocas de tiro tão fervorosas quanto as de um TPS, com tiros voando pra todo lado e explosões pra todo lado, granadas sendo jogadas para todo lado, magias bióticas explodindo. É tudo mais caótico do que um RPG comum da Bioware. Isso pode ser decepcionante para alguns e motivante para outros, dependendo do gosto pessoal. Você ainda pode pausar o jogo e ordenar seus companheiros, mas eu passei pelo jogo todo sem precisar controlá-los, o que é um ponto forte.

 

A Terra parece bonita, vista de fora...

Agora falemos do ruim: as quests principais são todas bem construídas e interessantes, porém, todo bom RPG requer uma grande quantidade de quest adicionais, e Mass Effect obviamente as possui. Infelizmente, a Bioware parece ter ficado com preguiça ou a EA a pressionou para lançar o jogo logo, porquê as side quests parecem ser sempre iguais, e lá pelas tantas quando você já fez a mesma quest 300 vezes, você se cansa delas. Você pode explorar a galáxia e pousar em diversos planetas, mas todos eles são similares, exceto pelo visual, e em todos eles você faz exatamente a mesma coisa: pousa com seu carro super poderoso capaz de subir montanhas, procura por 3 ou 4 pontos de interesse num mapa pequeno, completa uma quest em lugares sempre iguais, e vai para o próximo planeta. É chato demais, e triste de ver que um RPG com um universo tão rico em história como esse pode ser tão pobre em side quests diferentes. Temos um ou outro planeta mais legal, como visitar a Lua e ver a Terra enquanto anda no carrinho potente, mas é muito raro.

Finalmente, Mass Effect é muito curto. Corrijam-me se eu estiver errado, mas eu lembro de ter 30 horas de jogo quando tinha terminado o primeiro capítulo de Neverwinter Nights. Mass Effect, no entanto, é muito mais curto. Eu tinha exatamente 30 horas de jogo quando os créditos rolaram, isso incluindo tendo completado TODAS as side quests. Eu sei que ele deve se tornar uma trilogia, mas é sem dúvida o RPG mais curto da Bioware. Talvez seja por causa de seu foco em ação constante que o torna mais rápido e fluido, no entanto ainda assim, gostaria que as side quests não fossem tão chatas e que o jogo tivesse um pouco mais conteúdo.

Outro problema é que você ganha experiência e dinheiro muito rápido, e isso torna o jogo mais fácil do que ele deveria ser, mesmo com os inimigos escalando conforme seu nível. Antes mesmo de terminar todas as side quests, meu personagem já estava no level 50 (máximo para a primeira partida) e já tinha 10 milhões de créditos. Eu podia comprar tudo e ganhar de qualquer inimigo apenas com força bruta. Talvez seja por isso que Dragon Age: Origins tem uma dificuldade mais bruta.

FATOR REPLAY

Mass Effect dá ao jogador ótimos motivos para se jogar novamente. Primeiro, o sistema de Achievements que existe no Xbox 360 apenas para você mostrar as coisas estranhas que você fez com seu personagem pra todo mundo no Xbox Live, foi melhorado para também incluir novas coisas para partidas subsequentes. Por exemplo, conseguir o achievement Pistol Specialist destranca a skill de pistolas como bônus para ser adquirida por um personagem que não a possui numa segunda partida, como um Adept que não a possui normalmente.

Segundo, você é limitado ao level 50 em apenas uma partida, você deve jogar novamente para chegar ao máximo, que é o level 60. Então, para aqueles “power-gamers” que precisam criar os personagens mais destruidores a todo custo, é necessário jogar novamente. E RPGs também são altamente re-jogáveis por natureza, você sempre pode ter perdido uma quest, ou uma entrada de história ou algum diálogo memorável.

CONTEÚDO BAIXÁVEL: BRING DOWN THE SKY e PINNACLE STATION

A Bioware nos prometeu, durante o período de marketing de Mass Effect, que o jogo veria muitos conteúdos baixáveis e suporte DLC por um ano inteiro. Infelizmente, o que tivemos foram dois pacotes de DLC: um razoável e o outro terrível.

Bring Down the Sky mostra um grupo de soldados batarianos que capturaram um asteróide de minérios e ameaçam matar todos os mineradores e jogar o asteróide em cima de uma colônia humana, caso a colônia não seja transferida para os batarianos. Primeiro… quem diabos são os batarianos? Eles não aparecem em lugar nenhum no resto do jogo, e ainda assim o DLC supõe que o jogador já saiba quem são. Segundo… o DLC adiciona apenas mais uma side quest no qual você pousa num asteróide, visita meia dúzia de lugares e pronto. Mais uma side quest chata. No máximo 2 horas de jogo. Não é bem o que eu chamaria de ótimo. Mas ainda assim é passável e conta como um DLC razoável.

 

Pinnacle Station. Pelo visual, parece que não é ruim

Pinnacle Station, por outro lado, foi uma estratégia de marketing para trazer o nome Mass Effect de volta, às vésperas do lançamento de da sequência dele. E é simplesmente terrível. O DLC adiciona uma estação no qual você pode completar missões holográficas (isso mesmo, completar missões holográficas) testando em quanto tempo você consegue matar X inimigos, ou quanto tempo consegue sobreviver em ambiente hostil. Você ganha 14 mapas para lutar essas deathmatches, e como recompensa por completar todas elas você ganha… uma arma, do tipo que você escolher, e nem é a melhor arma do jogo. Não possui a mínima relevância para a história, e traz a tona o framerate inconsistente durante as batalhas. Põe à mostra todos os defeitos de Mass Effect. Simplesmente… não vale a pena.

 

PRÓS E CONTRAS

+ Ótima história

+ Grande universo, com muita história e background para se descobrir

- Piores personagens jogáveis de um RPG da Bioware

- Os defeitos da Unreal Engine 3 estão à mostra

+ Bons efeitos de iluminação

+ Ótima atuação de voz

+/- Combate parecido com o de um Third Person Shooter (isso pode ser bom ou ruim)

+ Boa variedade de classes e simplicidade na construção de personagem

- Side quest única, apresentada milhões de vezes

- Dificuldade baixa

+ Bons sistemas para fazer o jogador terminar o jogo novamente

- DLCs nada interessantes

CONCLUSÃO

Ao final da avaliação, Mass Effect é o mais fraco dos RPGs da Bioware. Ele tem o pior elenco de personagens, ele é o mais curto deles, tem o sistema de combate mais não-convencional, tem DLCs ruins e é o mais fácil de todos. Ainda assim, é uma jornada que vale a pena ser vista. Como eu disse na introdução, algumas empresas tem regularidade impressionante, mesmo em seus piores momentos.

 

Nota: 7,5

9 Comentaram...

Naevio disse...

Discordo, não sei se o auto do post jogou todos esses jogos da bioware, bem eu joguei e se tratando do pior na minha opinião o posto vai para o Jade Empire, na minha opinião o Mass effect só não é melhor que o Baldurs Gate, mas acredito que ao final da trilogia do jogo, quem sabe uma saga não supere a outra, o jogo é foda, é na minha opinião é um dos melhores RPGs desse época.

Victor Luiz disse...

Sinceramente, acho que esse review falou um bocado de água sobre um game tão incrível como esse e só porque é feita em cima da engine Unreal 3, já incuba um preconceito em cima. A empresa lançou um RPG memoravel, sem a ajuda da Interplay ou da Lucasarts e você espera que seja a maior perfeição da face da terra? Fala sério...

Anônimo disse...

Primeiramente, sim, eu joguei todos os outros games da Bioware. Quanto ao Jade Empire ser pior ou não, é uma questão de opinião.

Quanto ao segundo comentário, a Unreal Engine 3 não tem nada a ver com a jogabilidade do game nem com as side quests que parecem ser copiadas e coladas, muito menos com o sistema de inventário truncado e com os personagens chatos. A Bioware é perfeitamente capaz de fazer um ótimo RPG sem precisar de Interplay ou Lucasarts, e sim, considerando o histórico de qualidade da Bioware, Mass Effect precisaria ser melhor do que é.

Anônimo disse...

Ah sim, e se eu tivesse algum tipo de preconceito contra games na UE3, o Batman: Arkham Asylum não seria um dos melhores games de 2009 na minha opinião.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Quanto aos Batarians, vc saberia quem são se tivesse lido os codex. Eles são citados, se não me engano mais de uma vez. Concordo que é bem repetitivo as sides, faltou um pouco mais de empenho, mas as histórias delas são legais (nem todas).

Anônimo disse...

Cara, já sei q gosto é como ..! Na minha opinião, Mass Effect é o melhor RPG de todos!

O cara falou em história clichê? Esse deve ser fã do conto de fadas Star Wars, ai sim um clichê, a eterna luta do bem contra o mal! Mass Effect é um para adulto, envolve escolhas morais, relacionamentos, além de trazer a tona vários assuntos interessantes: intolerância, extinções em massa etc...

Sinto muito, mas vc cagou nesse seu post amigo. Mass Effect é de longe o melhor game dessa geração, seja pelo universo q criou, seja pela história (q n tem nada de clichê), seja pelos personagens, etc..


Se realmente fosse o jogo mais fraco da Bioware, não seria tão elogiado e tão jogado como o é!

Anônimo disse...

Ademais, duvido muito que vc tenha zerado Mass Effect 1. Deve ter jogado só o começo e depois procurou notícias a respeito.

Anônimo disse...

Exatamente, se Mass Effect é o mais fraco dos RPGs da Bioware, pq então é o game mais aclamado pela crítica e pelos jogadores??????????

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