quinta-feira, 11 de março de 2010

Avatar FiliPêra

Opinião, linha editorial, argumentos e desculpas…

 

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Nós não ficamos guardando a nossa… nunca!

Por favor, apague esse post. E peça desculpa aos teus leitores. Eu estou muito envergonhado por te-lo escrito.

Foi o que o Gabriel Radd me disse pelo Twitter, após ver as reações extremamente negativas ao texto que ele havia escrito sobre literatura brasileira. Apagar um conteúdo publicado passa longe do tipo de coisa que faria, pois creio que não é assim que se resolvem as coisas. O certo é se aprender com os erros, ao invés de simplesmente fingir que ele não existiu, e se aproveitar de um mecanismo de fácil implementação - com dois cliques apagaria o post e tocaria a vida - para deleta-lo. Mas, à partir do momento em que um texto recebe um comentário, por mais esbravejante que ele seja - tipo gente que nunca comentou, dizendo: Esse blog está pior a cada dia - é preciso ter respeito por ele, pois alguém gastou tempo escrevendo.

Uma das regras do NSN com relação aos colaboradores é que eles não têm prazos com relação aos textos que escrevem, e podem emitir opiniões à vontade, têm liberdade pra isso. Opinião é a base de um bom blog, e sem ela nos tornamos uma página da internet sem qualquer diferencial. Mas opinião não embasada, e embasamento não demonstrado com argumentos sólidos, é inválida. O erro do Gabriel - e meu, que como Editor deixou o erro dele passar - não foi emitir uma opinião negativa sobre literatura brasileira, mas sim fazer isso sem embasar a opinião dele corretamente.

Nós (quando digo nós, digo Eu e você) temos opinião sobre tudo que conhecemos, basta ter informação. Se não temos informação, não podemos emitir opinião, ou estamos fazendo de forma leviana. O Gabriel já leu diversos livros de literatura brasileira, e os achou chatos… mas o erro dele foi não ter descrito a experiência dele com livros nacionais, ou ser menos generalista, ao deixar apenas Machado de Assis de fora. E o que deveria ser uma crítica contra aulas de literatura, acabou sendo uma crítica contra a literatura brasileira. E aí a avalanche de comentários negativos choveu, o que foi bom…

O fato é que o blog é uma ferramenta interativa, e o que vocês escrevem nos comentários, mesmo que nos criticando, é sempre importante pra gente, sendo levado em consideração quando vamos dar nossos próximos passos. E caminhar envolve tropeçar, com certeza, mas é sempre importante saber seguir em frente. Um texto fortemente opinativo precisa de embasamentos, essa é nossa linha editorial desde sempre, e não vai ser por causa de um texto equivocado que nós vamos muda-la, ou repensar nossa política com nossos colaboradores. Não importa se um texto afirma que Todd McFarlane é melhor que Alan Moore… se tiver bons argumentos, ele será publicado aqui (tá bom, seria um texto humorístico, mas é só pra ilustrar).

Nós chegamos até aqui assim, e é assim que prosseguiremos…

 

É NOZES!

31 Comentaram...

Anônimo disse...

Não entendi o pedido de desculpas, cada um tem a sua opinião e ela deve ser respeitada. Ainda bem que a censura não imperou aqui. Não vi nenhum equívoco no texto em si, e concordo que a literatura nacional é um saco mesmo e já expressei a minha opinião no referido post.
E as críticas são bem vindas, cada um tem o direito de se manifestar sem atacar a pessoa.
E que as opiniões aqui no blog nunca deixem de existir.

Raphael Tsavkko Garcia disse...

O engraçado é que, como ele, eu abomino literatura brasileira e dane-se quem não gostar! Aliás, ele pelo menos acha que o Machado se salva... Pra mim este é o pior de todos! O único autor que literalmente me fez dormir com o livro aberto!

Só tolero - e até gosto - de autores do século XX e beeeem pós-anos 50! Mário Prata, Fernando Sabino, Fausto Wolff... Antes disso considero-os todos um lixo. E quem não gostar que vá ler Machado.

tsavkko.blogspot.com

felipe disse...

Boa solução... desculpem pela exaltação do breve comentário "este blog fica pior a cada dia" é que fiquei um pouco frustrado com os posts de cinema também, mas me ferrei por eu mesmo não expressar minha opinião do porquê.

Panthro Samah disse...

Fernando Sabino! (L)

OK, esqueci. Ah, do editorial de errata. Olha, concordo com a errata. É verdade que o Gabriel estava certíssimo na sua colocação. É verdade que a crítica dele não só é pertinente, mas original, já que ninguém nota que os nerds (os seres que mais lêem nesse país de 40% de analfabetismo funcional) não lêem produções brasileiras, nem tenta descobrir o porquê. O problema mesmo é que o texto estava raso, curto, a opinião era colocada como um fato, sem justificativas. E isso acabou gerando uma polêmica onde não existia polêmica nenhuma.

Eu sugiro que não se apague o texto (dã!), mas que o Gabriel reescreva ele, desenvolva, justifique e demonstre seus argumentos com a pronfundidade que o site normalmente tem. Não tem que agradar os leitores porra nenhuma. Tem que RESPEITAR os leitores, o que é coisa bem diferente. Não subestimar nossa inteligência e coisa e tal. Mas se simplesmente resolverem apagar tudo porque os leitores não gostaram, vamos cair na velha censura do comércio que impera hoje no jornalismo: Só se publica se o Leitor (entidade abstrata) for achar interessante. E aí, fodeu, vcs viram o Jornal Nacional.

Leandro disse...

Huia, Huia, Huia, Huia!!!! Freedom.
Cada um tem a sua opinião e ir contra a opinião de alguém, também é um ato de liberdade. Se não fosse desta forma todos seriam obrigados a gostarem das mesmas coisas. Isto é liberdade.
Hurra, Hurra,FiliPêra.

Tavares disse...

Filipeta

eu acho que existem colaboradores no NSN que não respondem a altura do blog, falando sério cara.

tem textos superficiais demais

não li ainda esse texto em especifico, mas é de um colaborador? passo

so leio a dolphinha linda que manda ve, mas os outros?

murilo?

passo

eu me ofereço para colaborar com textos bons, falta alguem de fibra nesse blog, despeça esses incompetentes.

cade o voz?

Mauro Borba disse...

Bom post. Um "mea culpa" bem elaborado.

Realmente, tocou na ferida: o autor não soube fundamentar bem sua opinião, seu texto careceu de consistência e embasamento em argumentos lógicos, e foi, por fim, generalista. E os responsáveis pelo blog deixaram passar, indesculpavelmente.

Há milhares, talvez milhões de blogs pela internet. Os melhores devem, em seu microcosmo, pautar-se pelo mesmo raciocínio que o editor de um jornal deveria se pautar: não se publica uma matéria sem embasamento em informações detalhadas, sem fontes e que simplifica por demasiado o assunto abordado. Isso é o que distingue um site como o NSN de blogs pessoais onde fulana posta que pintou as unhas do pé com um novo esmalte.

O erro do autor do post infeliz não foi sua opinião, mas sua generalização um tanto quanto preconceituosa e parcamente fundamentada.

Aos que acham a literatura brasileira um pé no saco, recomendo veementemente que leiam autores como:

Rubem Fonseca (GENIAL!)

Lourenço Mutarelli

Clarice Lispector

Chico Buarque e

Luiz Fernando Carvalho de Almeida.

Anônimo disse...

Hm. Eu não li o post sobre literatura brasileira. Na verdade, estou começando a visitar o blog a partir de hoje! Mas, falando sobre literatura brasileira, talvez o autor tentou, mesmo sem ser de propósito, expor que a literatura (principalmente a brasileira, no caso do Brasil, haha) é superestimada. Muita gente tem na cabeça aquela idéia de que "quem lê muitos livros, é inteligente". O livro por si só, eu acho meio superestimado. Literatura brasileira, então? Mais ainda. Em breve estarei lendo o post pelo qual você pede desculpas, e faço um comentário sobre, ou, quem sabe, até um post no meu blog?

...Até mais!

ps.: eu não me qualificaria para dar opiniões sobre a literatura brasileira (se é boa ou ruim), mas eu sinto sim que ela é superestimada, pela maioria das pessoas (leitores ou não)

Anônimo disse...

Vcs estão parecendo alunos de 1º período de História ou Filosofia. Todos donos da verdade, criticando amargamente o pobre do rapaz. Cada um tem o direito de dar opinião,principalmente aqui na Internet. Quem já ouviu falar em Diogo Mainardi? O cara que mais fala mal de tudo sem ter embasamento para isso. E o emprego que ele tem hoje? Tem uma coluna semanal na Veja além de um espaço no Mahathan Conection. Muito respeitado e muito odiado. Como não gosto de guardar rancor de ninguém, eu simplesmente não compro a Veja e todo mundo fica feliz.
Quantas vezes eu não vi opinião sem embasamento aqui no NSN? Nem por isso esculhambei o blog. Cada um tem sua opinião. E quantas vezes eu não vi posts fantásticos? Então relaxem. A discussão é saudável e ninguém aqui é dono da verdade.

Teste disse...

Eu li o post e posso dizer que em certo ponto ele está certo, falta carisma aos professores, muitas vezes eles te mandam ler um livro clássico, mas sem ter noção de que, antigamente se usavam palavras bem mais "complicadas" em livros e até mesmo as pessoas tinham um vocabulário diferente, mandar um aluno hoje ler Machado de assis, entre outros, com certeza o vai fazer pensar que o livro é chato, afinal, ele não vai conhecer uma série de palavras e expressões que se falavam à época, e convenhamos, ter de abrir um dicionário a cada página que se lê, não é uma experiência das mais agradáveis.
Ao mesmo tempo percebo que, em alguns casos, as pessoas que comentam a notícia não tem conhecimento algum do assunto tratado, mas fazem um comentário agressivo, criticando o blog e o autor, por que isso as fazem sentir mais inteligentes ou defensores de uma cultura que sequer conhecem. Eu pessoalmente não li muitos livros de escritores brasileiros, e não cabe a mim julgar ou não a qualidade dos mesmos, entretanto tenho minha opinião e pra mim é a que vale, eu achei que o texto escrito pelo Gabriel Radd foi realmente muito curto e superficial, entretanto em nenhum momento denegriu o blog, faltou um pouco mais de profundidade e embasamento, e acho que nos próximos textos, que ele vier a escrever, terá mais atenção à estes quesitos.
Quanto ao Velho da Montanha, acho que criticar sem ao menos ler o post o faz cometer o mesmo "erro" cometido pelo Gabriel, superficialiade e generalização.
Sou fã do NSN e espero ver sempre opiniões originais e verdadeiras nele.
Valeu!

Tavares disse...

eu já li e comentei, nao adianta puxar saco, foi ruim mesmo

Gringo disse...

Espero que meu comentário não tenha sido considerado agressivo.

Por mais que eu discorde linha por linha do post, acho que um comentário deva ser conciso. Aí sobra espaço apenas para "bater", não para "soprar".

Eu discordo que as aulas de literatura sejam um grande vilão, mas quem sabe isso possa ser discutido (civilizadamente, sempre) num futuro post do Gabriel.

Ghost disse...

Um dos grandes motivos da reclamação foi que o Gabriel não poderia falar de uma coisa que ele não conhecia, portanto agora fala alguém que conhece.

A literatura brasileira é uma porcaria, já perdi o meu tempo lendo inúmeros livros ditos “clássicos da literatura brasileira”, a pergunta que pode surgir é: Se você não gosta, porque leu várias obras? Li na esperança de encontrar uma obra sequer que prestasse embora não tenha logrado êxito.

Todos os livros dos quais tive o desprazer em ler são chatos, entediantes, com histórias que em nada me acrescentaram exceto no que tange a gramática que esta sim é muito rica para o aprendizado.

Sempre fui “nerd” durante todo meu percalço estudantil, seja no ensino fundamental quanto médio, sempre tive o hábito de ler. Creio que o grande erro hoje em nossa educação e motivo pelo qual os alunos não possuem interesse pela leitura é que as escolas, assim como eu obrigam os alunos a lerem essas obras, digo e repito entediantes, chatas, histórias descabidas que não aguçam em nada o interesse desses jovens.

Hoje, minhas literaturas prediletas, embora antigas releio com tanto prazer como se estivesse lendo pela primeira vez que são: Ágatha Christie, Sidney Sheldon dentre outros.

Até mesmo Dan Brown que possui suas histórias repetitivas é mais interessante do que qualquer livro de autores brasileiros.

Sem me estender quero me dirigi ao Gabriel, amigo você não deve se envergonhar de seu post, além de ter expressado uma opinião sua concordo plenamente com ela. Você, assim como todos os colaboradores do NSN honram a cultura nerd ensinando as pessoas que a palavra nerd já deixou há tempos de ser algo pejorativo e sim sinônimo de inteligência, diversão e acima de tudo personalidade.

Quanto ao seu “não embasamento” referente a matéria eu digo, se tudo que fosse escrito seja pela internet ou em periódicos fosse devidamente embasados, metade dos jornalistas sensacionalistas que escrevem matérias sem qualquer cuidado e muitas das vezes destroem a vidas das pessoas com acusações infundadas estariam sem emprego neste país.

Filipêra, mais uma vez não me surpreendi com sua atitude, ela só veio a mostrar mais uma vez o motivo pelo qual o NSN se tornou um dos blogs de maior sucesso dentro da cultura nerd e acima de tudo conquistando os “não-nerds” com suas matérias inteligentes e interessantíssimas.

Parabéns Galera do NSN!! Vida Longa a vocês!!

Bolowors disse...

Bom... Penso que o amigo Gabriel deveria escrever um novo post justificando sua opinião, talvez com relatos de sua própria experiência. É complicado vc postar dizendo que tal coisa é uma merda e pronto. Aponte seus lados negativos e faça as pessoas pensarem! Nós estamos aqui porque somos nerds e pensamos!

Mauro Borba disse...

Ghost,

Claro que você tem o direito de ter sua opinião. E eu tenho o direito de avaliar a qualidade dessa opinião com base no que posso inferir da pessoa que a emite. Veja só, justamente por isso é importante o embasamento: só assim podemos ter uma ideia sobre quem está falando, para avaliarmos se devemos levar a a sério sua opinião ou, caso contrário, se devemos nos conformar em sentir a proverbial "vergonha alheia" com o juízo emitido (vergonha atenuada por um riso íntimo e contido de quem lê).

No seu caso, o mero fato de você mencionar que Ágatha (sic) Christie, Sidney Sheldon e Dan Bronw são escritores que você curte, e inclusive o fato de você dizer que as obras desse último são melhores do que "qualquer livro brasileiro" já me faz ter uma opinião suficiente a seu respeito para que eu desconsidere qualquer avaliação sua sobre cinema, literatura ou outras formas de expressão artísticas que demandem o uso de neurônios para serem apreciadas. Eu lia Agatha Christie quando tinha onze anos. Sidney Sheldon você só pode ter citado para fazer piada (pior que sei que não). E aquilo você falou do Dan Bronw, meu Deus, simplesmente revela que o Brasil é o único país onde as pessoas não são somente ignorantes, mas tem orgulho de sua própria ignorância (vide a tese do Yanpaulo acima, que considera a literatura algo "superestimado).

Ainda quando ao "embasamento": Você e o "Anônimo" tem certeza de que querem mesmo utilizar O argumento de que o imbecil do Mainardi e outros jornalistas sensacionalistas escrevem sem embasar coisa alguma. Isso é nivelar por baixo, não é? Então, na sua opinião, o NSN deve equiparar-se a essa gente, é isso?

Teste disse...

"Velho da Montanha", em nenhum momento disse que o post foi bom, pelo contrário, disse que o Gabriel pecou em alguns pontos importantes, e me desculpe, mas para alguém que diz ter "fibra" você partiu muito rápido para o ataque pessoal, chamar alguém de puxa saco por que não concorda com a sua opinião é fácil, então gostaria que por favor, colocasse uma base em sua afirmação e explicasse o motivo pelo qual sou puxa-saco.

Tavares disse...

Ghost

" ensinando as pessoas que a palavra nerd já deixou há tempos de ser algo pejorativo e sim sinônimo de inteligência, diversão e acima de tudo personalidade."

"Hoje, minhas literaturas prediletas, embora antigas releio com tanto prazer como se estivesse lendo pela primeira vez que são: Ágatha Christie, Sidney Sheldon dentre outros.

Até mesmo Dan Brown que possui suas histórias repetitivas é mais interessante do que qualquer livro de autores brasileiros."

depois reclamam quando eu chamo nerd de retardado

vai ser noob assim la na nooblandia mew

Franks eu nao chamei vc de puxa saco, eu disse que nao adianta puxar saco, que o post do cara foi ruim mesmo, assim como muitos posts desses "colaboradores", nao adianta que ate o filipeta ja reconheceu.

Mauro Borba disse...

Acrescentando: Ghost, agora me ocorreu que esse site é visitado por pessoas de todas as idades. Assim, se você tiver entre dez e dezesseis anos, por favor desconsidere tudo o que eu digo e peço desculpas pelas minhas palavras, pois eu estaria discutindo as opiniões de uma criança julgando tratar-se de um adulto (caso contrário, se você tem mais do que dezesseis, então eu reitero tudo o que disse, com convicção).

Mauro Borba disse...

E o "Bronw" foi sic meu. ;-)

Panthro Samah disse...

"Quem já ouviu falar em Diogo Mainardi?"

Porra, mas o Gabriel vai querer se comparar com o Diogo Mainardi? O Diogo Mainardi e um idiota!! Enquanto ele seguir a linha politica da Veja (pq a Veja e tao pasquim que nao tem llinha editorial, tem linha politica, parece jornaleco de sindicato), ele pode falar a barbaridade que for que vai ter gente batendo palma. Mas pra nossa gloria aqui nao e a Veja e o Gabriel nao e o Mainardi. Entao ele nao precisa se contentar com pouco.

PS - O que aconteceu com a caixa dos comentarios que nao reconhece mais o padrao de acentos do teclado??

Ghost disse...

Meu caro Borba,

Entendo seu ponto de vista e acho plausível, cada um possui o convencimento que lhe apraz, faço minhas suas palavras: “simplesmente revela que o Brasil é o único país onde as pessoas não são somente ignorantes, mas tem orgulho de sua própria ignorância.

Primeiramente não sou um garotinho, sanando sua curiosidade. Quando me referi a escritores como Agatha Christhie e Sidney Sheldon, realmente são livros mais infantis, mas de excelente qualidade literária para jovens que estão iniciando seu processo de leitura e aprendizado aguçando sua curiosidade e atenção bem como o entusiasmo pela leitura que nem se comparam a qualquer livro “nacional” que para mim são uma porcaria.

Se você quiser posso citar aqui algumas obras “adultas” que são excelentes e que nunca irão se comparar ao lixo nacional que temos por aí, sendo elas:

Frankestein (Frankestein) – Mary Shelley

Vinte Mil Léguas Submarinas (Twenty Thousand Leagues Under The Sea) – Jules Verne

Talentoso Mr. Ripley (Talented Mr. Ripley) – Patricia Highsmith

Espião Que Sabia Demais, O (Tinker tailor soldier spy) – John Le Carré

Dragão Vermelho, O (The Red Dragon) – Thomas Harrison

Contrato Social, O (The Social Contract) – Jean-Jacques Rousseau

Sherlock Holmes Edição Definitiva 2vls. (The Complet Sherlock Holmes) – Sir Arthur Conan Doyle

Ligações Perigosas (Les Liaisons Dangereuses) – Chordelos de Laclos

Ilíada e Odisséia – Homero

História das Cruzadas, Uma (A History of the Crusades) – Steven Runciman

No tocante a argumentação, quero lembrá-lo que muitos textos mesmo não argumentados podem ser igualmente excelentes. Os sofistas, por exemplo, embora o que eles dissessem não fosse verdade a técnica da argumentação os quais possuíam levava a cada um deles a lograr êxito em suas explanações, o que quero dizer com isso? Muitas das vezes poderemos nos deparar com excelentes argumentações e simplesmente porque o “orador” tem o domínio de tal técnica, mesmo sendo inverídica fazer a primeira cair por terra, portanto isso é extremamente relativo, trata-se da famosa frase sofista: "O homem é a medida de todas as coisas".

Em um blog, todos têm o direito de expor suas opiniões e é claro que todos os leitores têm o direito de discordar o que não achei correto foi a forma de colocação no momento em que discordaram do texto proposto.

Por fim gostaria de me reportar ao “Velho da Montanha”, não vou descer ao seu nível e destratá-lo, não o conheço e não é de meu feitio proferir palavras ofensivas.

Abraço Renato e foi um prazer debater nossas opiniões neste espaço.

Anônimo disse...

Com todo o respeito, mas comparar literatura brasileira do século XIX com literatura pop da segunda metade do século XX é comparar alhos com bugalhos. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Teste disse...

Velho da Montanha, peço então desculpas por ter me enganado em pensar que se referia a mim.

Panthro Samah disse...

Olha, Colombo comparou a terra com uma pera. Não vejo porque não seja possível comparar QUAISQUER coisas. Desde que se estabeleça uma métrica de comparação, não tem nenhum problema. Eu posso, por exemplo, comparar a literatura brasileira do século XIX com a literatura pop da segunda metade so século XX no que diz respeito à construção dos personagens, por exemplo. Não vejo como isso seria impossível.

Mauro Borba disse...

Após ler o último comentário de Ghost, creio que está havendo aqui uma certa confusão de conceitos.

As pessoas aqui estão confundindo Paraliteratura com Literatura, e pesando ambas na mesma balança.

(Já faço a ressalva inicial que não tenho nada contra a "paraliteratura". Ao contrário, há livros de paraliteratura que são geniais e muito superiores à obras de literatura. Mas não dá para confundir alhos com bugalhos. A questão é meramente conceitual e, nesse sentido, fundamental.)

Essa confusão já se evidenciava no texto original que causou a polêmica, em que o autor colocava lado a lado, uma obra de Paraliteratura (O Senhor dos Anéis) e outra de Literatura (livros de Dostoieviski), mas ficou gritante após Ghost citar uma série de obras totalmente desencontradas. Vejam, ele inclusive menciona dois livros ("O Contrato Social" e "Uma História das Cruzadas") que não são ficcionais mas de cunho filosófico/sociológico e histórico. O simples fato de incluí-los na lista já mostra o evidente despreparo que há entre os comentários desse post e no anterior: ora, não há como se utilizar os mesmos critérios para incluir livros não-ficcionais na discussão, pois tais obras não são rigorosamente consideradas propriamente de Literatura (mas sim, repito, de filosofia/sociologia e história... não é porque algo é escrito e encadernado com capa e título que é "Literatura"... se fosse assim, "O Capital" de Carl Marx e "Guia Prático de Inglês para Negócios" de fulaninho de tal seriam considerados "Literatura").

Dos demais livros citados por Ghost, todos, repito, todos são de paraliteratura, à exceção de Ilíada e Odisséia, que são de literatura clássica. Mas mesmo em relação às obras de Homero a sua mera inclusão na lista ressalta certa ingenuidade, porque Ilíada e Odisséia são épicos tão fundamentais (compõem a base o notório "Canon da Literatura Ocidental", conforme defende Bloom) e, ao mesmo tempo, proto-literários que citá-los ao lado de, por exemplo, "Frankenstein", revela uma falta de discernimento só justificável por uma tentativa pueril de impressionar.

Paraliteratura, ou literatura comercial, é a literatura que meramente tem o objetivo de "contar uma historinha". Não há, na paraliteratura, nenhum compromisso em elaborar, de forma artística, a subjetividade dos personagens, nem compromisso de elaborar, de forma estilística, o uso da Língua. Não há compromisso de retratar uma determinada época englobando em uma visão poética os retratos da sociedade e da cultura descritas pelo autor. Não há a proposta de problematizar os conflitos internos e externos da humanidade. O único propósito é contar uma boa história e entreter o leitor a ponto desse último mergulhar no universo narrativo elaborado pelo escritor. Repito, não tenho nenhum preconceito contra isso. Ao contrário: eu mesmo acabo de ler a trilogia "Millenium" de Stieg Larson, e adorei a trama bem elaborada e as reviravoltas criadas por esse autor. Nota dez para Stieg Larson.

Já na Literatura propriamente dita, a trama e o objetivo de meramente entreter o leitor ficam em segundo plano. A intenção do autor (embora nem todos logrem sucesso) é elaborar a subjetividade humana de forma artística, trabalhar a própria Língua, o uso em si da linguagem escrita, de modo criativo, e problematizar determinadas questões sociais ou humanas de uma forma significativa, que convida à reflexão. Seu objetivo, como disse, não é entreter o leitor (embora muitos livros de Literatura consigam fazer isso também, e com muito êxito), mas acrescentar algo à própria vida pessoal desse último. Um bom livro de Literatura, após ser lido, faz com que o leitor sinta que algo em sua vida foi ligeiramente alterado, novas perspectivas de sua própria pessoa foram-lhe acrescentadas, e reflexões sobre sua própria condição humana foram postas em cheque.

(continua...)

Mauro Borba disse...

(continuação)

A Paraliteratura comercial, além disso, costuma dividir-se em "gêneros", o que é meio difícil no caso da Literatura. Assim, a Paraliteratura apresenta os seguintes gêneros: ficção científica, romance policial, romance "cor-de-rosa" (tipo aqueles livrinhos "Sabrina"), romance erótico, aventura, terror, etc. Já no caso da Literatura, fica difícil identificar "gêneros", porque cada livro trabalha uma temática só sua, e busca fugir de padronizações. Assim as obras de Literatura são mais facilmente divididas em "escolas" ou "períodos" do que em "gêneros".

Exemplos de Paraliteratura:

- Trilogia "Millenium" de Stieg Larson (gênero Policial/Thriller);

- "As Fontes do Paraíso" de Arthur C. Clark (gênero ficção científica);

- "O Senhor dos Anéis" de Tolkien (gênero fantasia);

- "Frankenstein", de Sheley (essa obra é um "avô" do gênero terror);

- "O Espião que sabia demais", de John le Carré (gênero espionagem);

- "O Dragão Vermelho", de Thomas Harrison (gênero thriller);

- "O Talentoso Mr. Ripley" (gênro thriller"

- Todas as obras de Júlio Verne, sendo que as principais, mais famosas, são "avós" do gênero ficção científica, mas algumas são do gênero aventura.

Exemplos de Literatura que eu li e gostei muito durante minhas três décadas de vida:

- Em Busca do Tempo Perdido, de Proust;

- Ulysses, de James Joyce;

- Trópico de Capricónio, de Henry Miller;

- O Processo, de Kafka;

- Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa;

- A Paixão Segundo GH, de Clarice Lispector;

- Romance Negro, de Rubem Fonseca;

- Os Detetives Selvagens, de Bolaño;

- Cem anos de Solidão, de Garcia Marques;

- Estorvo, de Chico Buarque;

- O Pavilhão Dourado, de Mishima;

- A Voz do Fogo, de Alan Moore;

- e por aí vai...

O erro, até mesmo crasso, de pessoas como o Gabriel e o Ghost foi confundir a Literatura com a Paraliteratura. E porque? Ora, justamente porque, ao criticar a Literatura brasileira, utilizaram como critério de comparação livros estrangeiros de Paraliteratura. Se o Gabriel Radd e o Ghost dissessem "a Paraliteratura brasileira é uma porcaria", talvez eu estivesse tentado a concordar e apoiá-los. Realmente, nossa Paraliteratura é pobre. Não há bons escritores de livros comerciais no brasil. Não há um Tolkien, não há um Simenon, não há um Stieg Larson, não há um Stephen King, não há nem mesmo sombra de um Isaac Asimov. Por outro lado, na Literatura Brasileira há gênios que são equiparáveis aos melhores da Literatura Universal: as obras de Guimarães Rosa, Rubem Fonseca e Clarice Lispector não perdem em nada para as obras de grandes escritores de literatura da Europa.

Assim, dizer que a literatura brasileira é uma porcaria se comparada com Dan Brown ou Tolkien é piada, porque denota uma ignorância do tema capaz de confundir duas ordens de coisa que são absolutamente diversas, face à própria proposta dos autores. Quando Guimarães Rosa escreveu "Grande Sertão: Veredas", ele não se propôs escrever paraliteratura, ele não se propôs entreter o leitor com uma boa "historinha", ele pretendeu escrever uma obra de Literatura, e nesse sentido ele se encontra ao lado de gigantes da Literatura universal.

Na verdade, eu ressalto: os que dizem aqui que a literatura brasileira é uma porcaria, ao tentar embasar suas opiniões, só ressaltam seu desconhecimento. Isso porque insistem em usar, como critério de comparação, livros que não são de Literatura, mas de Paraliteratura.

Mauro Borba disse...

Panthro Samah,

Possível até é.

Por exemplo, eu posso comparar o planeta terra com uma geladeira e fazer inferências sobre suas distinções e eventuais elementos em comum. Você usa o argumento "reductio ad absurdum" para defender esse ponto de vista, e eu só demonstro como isso é falacioso. Eu posso dizer "é possível escrever uma tese de mestrado sobre um grampeador de papéis", ou "é possível criar uma poesia declarando amor para uma torradeira". Bem, possível é, mas não quer dizer que seja adequado e frutífero.

Sim, é possível comparar "comparar a literatura brasileira do século XIX com a literatura pop da segunda metade so século XX no que diz respeito à construção dos personagens", mas sempre ressaltando as evidentes diferenças circunstanciais de época, cultura, estágio da civilização, evolução dos costumes, evolução em si mesmo da linguagem literária e até mesmo desenvolvimento da ciência. E são tanto as ressalvas a serem feitas que a comparação, após ser realizada, jamais pode chegar ao nível de "qualificar" uma das espécies de literatura em relação a outra, a ponto de dizer que uma delas é melhor ou superior à outra.

Usando seu exemplo, um livro escrito no século XIX pode ser comparado a um livro da literatura pop da segunda metade so século XX no que diz respeito à construção dos personagens. Porém, seria ingênuo e até ignorante fazer um juízo de valor a ponto de dizer que a última é melhor que a primeira, ou vice-versa. Uma literatura criada antes do advento das obras de Freud (que provocou uma revolução copernicana do conhecimento humano), antes da descoberta da teoria da Relatividade, antes da bomba atômica, antes do Comunismo, antes do Nazismo (que colocou a problematicidade da crueldade humana em outros patamares) não pode ser comparada à literatura escrita posteriormente a ponto de dizer que uma é melhor que a outra.

(um livro escrito antes das descobertas de Freud sobre a psicanálise, que causou uma revolução copérnica no conhecimento humano, ou antes

Panthro Samah disse...

Eu achei interessante sua divisão dos livros de ficção em literatura e para-literatura, embora (como em toda classificação) eu consiga ver umas boas regiões cinzentas. Sandman foi escrita com o intuito de ser uma boa história ou refletir uma época? E Alice no País das Maravilhas? E (na minha opinião, a zona mais cinzenta destas), as viagens de Gulliver? A literatura só existe a partir do momento que existe intenção consciente do autor ou todo autor acaba por refletir a sua sociedade querendo ou não? Robinson Crusoé, segundo sua classificação seria obviamente para-literatura, mas pode muito bem ser analisado como um retrato de sua época e ser tido como base para uma reflexão mais profunda das relações humanas. Ainda acho que a literatura depende demais do leitor (é uma obra de comunicação, quase autoria conjunta) pra poder ser classficada só pela intenção do autor.

Quanto a não poder se qualificar, não vejo porque seria assim. Eu posso qualificar. Vou estar cometendo o mesmo erro que cometeria ao se comparar dois períodos históricos, duas sociedades diferentes ou, veja só, duas obras literárias diferentes do mesmo período. Um autor americano vive numa sociedade diferente de um autor afegão. Estão imersos em culturas diferentes, símbolos diversos. E eu posso compará-los.

Mesmo dois autores vivendo numa mesma sociedade fazem leituras diferentes desta. A forma como EU vejo a construção da ciência, por exemplo, é muito diferente da que a diversos outros cientistas vêem. Diversas correntes filosóficas coexistem. Alguém pode ter sido muito influenciado pelas idéias evolucionistas de Darwin (para dar um exemplo de idéias revolucionárias do zeitgeist que vc citou), mas existem os criacionistas.

Portanto, existe mais diferença em se comparar uma obra de hoje com uma obra de séculos atrás, assim como existe mais diferença em se comparar uma obra de países diferentes que do mesmo país ou de se comparar obras de autores diferentes com obras do mesmo autor. Entretanto, isso não significa que não possa ser feito.

Quando eu digo que uma coisa é melhor do que a outra, simplesmente, isso não quer dizer nada, porque eu não revelei qual a minha métrica. Se eu disser que acho que um filme é melhor que um livro, porque num filme eu não preciso imaginar a aparência dos personagens, por exemplo, a coisa muda totalmente de figura. Eu revelei minha métrica: quanto menos for necessário se imaginar a aparência dos personagens, melhor. Você pode atacar um conjunto de valores caso eles sejam coerentes entre si, mas não teria como atacá-los por si mesmos. Se vc considera que personagens mais complexos são superiores em relação a personagens planos, ótimo, esse é um valor seu (e meu também, particularmente). Mas não existe nenhuma forma de se demonstrar que ele deva ser um valor para todos os seres viventes.

Em outras palavras: Você pode até ser platônico e achar que existe o Belo, o Bom e o Justo Absolutos. Vc só não tem como demonstrar a lógica disso pra ninguém.

Panthro Samah disse...

Por fim, o que é melhor? Literatura ou Para-literatura? Brasileira ou Estrangeira?

Depende. Qual o seu objetivo? Sem se determinar um objetivo não é possível medir o quanto se alcançou esse objetivo (eficácia), quão rápido (eficiência) ou quais os custos envolvidos (relação custo/benefício). Portanto, não é possível se determinar a qualidade da ação.

O objetivo é fazer com que as crianças leiam mais? Obras mais interessantes seriam mais eficientes, especialmente as de Para-literatura, que foram criadas com esse objetivo em mente.

O objetivo é fazer com que as crianças tenham contato com o caráter reflexivo da arte e pensem sobre si mesmas? Provavelmente a literatura seria melhor, já que tinha essa proposta. (Considerando a divisão anteriormente criticada).

O objetivo é valorizar o produto nacional? Obras brasileiras de literatura ou para-literatura deveriam ser usadas. O objetivo é expor as crianças a diversas culturas? Obras estrangeiras deveriam ser preferidas. É comparar os dois para reconhecer características de cada um?...

Cada objetivo requer uma ação diferente. Não se pode querer que objetivos diversos e difusos sejam cumpridos, tomar ações sem sequer se saber com clareza porque elas são tomadas e esperar que se alcance algum objetivo. É querer esperar demais da sorte.

M7 disse...

Bem, algumas considerações.

Tolkien pode não pertencer ao Cânone de literatura ocidental de Harold Bloom, mas incluí-lo no grupo de escritores e livros no qual foi incluído, como "Para-literatura", Ele, que era um filólogo, e nunca escreveu por interesse comercial, francamente, não faz sentido. Obras como o Senhor dos Anéis e o Hobbit não foram concebidas para o sucesso comercial, foram antes de tudo, exercícios acadêmicos do escritor. Quanto ao restante, Realmente tenho a impressão que exercitaram o direito de opinar sobre o que realmente desconhecem. Porque não vi um tratamento decente aos bons escritores nacionais. E vi citações de escritores ordinários como referência. O velho hábito Tupiniquim de desdenhar do que é nativo, e prestar vênias ao importado. Graciliano Ramos não deixa nada a dever a Tchekhov ou Tolstoi, mas não creio que qualquer um deles foi lido por aqui, foi? Literatura, jovens, está em um outro nível de discussão. Leitura leve, de fantasia escapista, isso até é um gênero de literatura, mas convenhamos, as comparações que vi aqui, só deixam claro a enorme falta que uma boa educação para a leitura fizeram nessa geração tão superficial quanto a sua formação. Um mal da modernidade; Opinar sobre qualquer coisa nos faz ter uma opinião qualquer e superficial sobre tudo. Mas superficial. Lamento, gosto do blog, mas ás vezes, fora de território, vocês dão umas mancadas grandes. Quem já leu "A Igreja do Diabo", "O Alienista" sabe que Machado de Assis merece mais respeito. Quem já leu "São Bernardo", "Infância", "Vidas Secas", " "Memórias do Cárcere" e que se considera um cidadão deste país, e não um apêndice da Sub-cultura americana perdido na América Latina, sabe o quanto estão errados. Poderia citar Cecília Meireles, Lima Barreto, mas aparentemente, há uma estranha alergia aqui no ar, a tudo que não seja rapidamente digerível e emocionante, empolgante. Há boa literatura nacional, e se vocês não conseguem se enxergar nela, talvez falta uma mirada no espelho. Ou talvez esse espelho, chamado literatura nacional, talvez vocês não queiram se enxergar dentro dele. Mas estamos lá. Nas fotografias que esses escritores fizeram, em seus livros, nós estamos lá. Mesmo no papel meio ridículo de tentar parecer tanto com gente tão medíocre. Só porque vem de fora. Mas medíocre assim mesmo.

Lucas disse...

Quem critica algo deve estar preparado para ser criticado. Isso vai tanto do post quanto aos comentarios.

Para todos aqueles que não gostaram do que o Grabiel falou só tenho um aviso: a opinião dele é a mesma de uma esmagadora parte dos leitores brasileiros.

De todos os meus amigos que lêm eu não conheço um que goste de algo na literatura brasileira, motivo? Todas as experiencias até agora foram extremamente frustrantes, e inclusive minha mãe que começou a ter contato com a literatura brasileira a mais de trinta anos teve experiencias infelizes com os livros propostos pela escola.

O que falta mesmo para que tudo se torne mais interessante é primeiro de tudo, a escolha de temas mais interessantes.

A um tempo atras fui obrigado a ler Capitães da Areia, livro que retrata perfeitamente uma parte cultural muito interessante, apesar disso pessoas da minha idade não se interessam em uma leitura que retrata algo que aconteceu no passado e que foi extremamente triste. A leitura desse livro foi penosa e cansativa, por diversos motivos, e a sensação de impoencia momentanea estragava ainda mais a leitura.

Livros são como filmes: existem aqueles que são para rir; para chorar; para amar; para degustar (livro sobre culinaria); para sentir arrepios; para se sentir livre; para viajar na imaginação e na fantasia (eu particularmente amo esses). Seria justo que na escola nós fossemos obrigados a ver um tipo especifico de filme? Se fosse aula de Historia, geografia ou mesmo cultura sim, mas e se existisse uma aula sobre filmes? Seria justo obrigar alguem a ver um filme sobre terror, ficção cientifica, ou mesmo romance para que essa pessoa aprendesse sobre esse genero? Mesmo que ela não gostasse?

Na minha opinião obviamente não, mas então porque fazer isso com os livros? Porque os alunos precisam ler algo. Mas por que não deixar que os proprios alunos escolham o livro como em um CLube de leitura? Porque os livros têm que ser brasileiros (1º erro), e se a escolha fosse feita pelos alunos provavelmente o livro não seria nacional. E por que isso acontece? Porque não temos nenhuma referencia de um livro nacional que nos interesse.

Essa tarefa de encontrar bons livros nacionais deveria ser feita pelos professores ou pelo colegio, mas não é isso que acontece normalmente. Tudo o que normalmente temos são livros maçantes com uma tematica que não nos interessa e que por fim somos obrigados a ler, então eu pergunto como isso poderia gerar uma boa experiencia com a literatura brasileira?

Gostaria que o Grabriel soubesse que aquele foi um dos poucos posts em que eu vi alguem falar uma verdade sobre o metodo de ensino nas escolas, tanto publicas quanto particulares, isso precisa mudar. Queria que ele soubesse também que, foi aquele post que chamou a minha atenção para esse blog.

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