sexta-feira, 12 de março de 2010

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CSI – Como Sobrevivi à Isso?

Por Beatriz Paz 

 

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Sim, você leu o título da resenha certo. Posso me considerar uma verdadeira guerreira por conseguir terminar de ler o “mangá” de CSI sem atirá-lo na parede – embora vontade não faltou – ou coisa pior. O que me alivia é que as minhas expectativas à respeito do mesmo não eram nem um pouco altas. Pra falar a verdade, ler esse mangá e ver um filme de detetives adolescentes na sessão da tarde é praticamente a mesma coisa.

A história basicamente foi explicada pelo Murilo, quando ele fez um post anunciando o lançamento do mangá – e também a minha infeliz tarefa – mas, para você que teve preguiça de ler a sinopse, eu te conto tudinho.

Kiyomi é uma garota de 15 anos, passa pro dificuldades financeiras, mora somente com o pai, estuda no colégio Las Vegas, que fica na cidade de Las Vegas – criatividade na criação do nome do colégio: 10 – e seu sonho é ser membra da equipe de polícia forense, os CSI. Mas tudo muda quando uma colega sua é assassinada e cabe a Kiyomi e aos seus novos colegas estagiários de profissão desmascararem o assassino. Que por acaso é um deles.

Traduzindo: uma garota “desafortunada” que consegue o estágio dos sonhos nos CSI's e ainda consegue resolver um crime “complicado” com a ajuda de seus amigos. Primeiro, Kiyomi é tratada como se fosse um prodígio – e me deu a entender que puxam o saco dela - , ela entra porque os supervisores do curso, que não são ninguém mais e ninguém menos do que Grissom e Catherine, abrem uma exceção na hora de escolher os candidatos. Além do mais, a escolhem pelo fato dela ser a única mulher num grupo inteiramente masculino.

Segundo, os caras têm acesso a salas de autópsia, e aparelhos da polícia forense sem o consentimento de seus supervisores, fora o fato de conseguirem tirar cópias dos casos tratados, sem que nenhum segurança os vejam entrar escondidos. Têm séries de TV que forçam a amizade, mas a unidade de polícia forense mais respeitada da terra do Tio Sam não ter nenhum guardinha de vigia nas portas? É brinks né?

Terceiro, alguém me segura por que eu vou bater nessa Kiyomi! Ela não tem profundidade… nenhum dos personagens tem pra ser sincera, e é extremamente estereotipada como a garota protagonista de um shoujo mangá beeeeeem shoujo. Ela é otimista, determinada, esforçada, tímida e acredita no amor verdadeiro. Sério, eu vou bater nela.

Quarto, a trama não tem densidade. A impressão que eu tive conforme passava as páginas é que essa história, por se tratar de um assassinato, estava muito leviana, o tipo de história que todo o escritor iniciante escreve e acha que é o trabalho da vida dele. Lembrei dos meus primeiros textos algumas horas. Oca, essa é a palavra que descreve a trama.

Quinto, a arte não me cativou. Steven Cummings, apesar dos trabalhos feitos pra DC – Flash, Batman: The Legends Of The Dark Knight e Deadshot – e para Marvel – Elektra e New Excalibur – eu não consegui ser atraída pelo traço dele em estilo nipônico. Algumas expressões me pareciam forçadas, como a da morta logo no começo da história, a impressão que você tem é que ela esta jogada no canto toda ensanguentada, mas viva. E não tinha aquela atmosfera de mangá que todo o otaku conhece bem.

 

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Tudo bem que de nada vale uma arte bonita se a história não é boa, um exemplo disso é MPD Psycho, o traço não é lá deslumbrante, mas compensa muito a partir do momento que você começa a ler. Eu adoro e pretendo fazer uma resenha dele em breve.

Sexto, o mangá parece mais um filme adolescente do que outra coisa. O grupo de estagiários é diferenciado por estereótipos, o esquisito que adora manchas de sangue (só eu pensei no Dexter?), o grandão e forte, o garoto que não esta nem aí, mas ainda sim é o gostoso e o nerd - Spoiler: Ele é homossexual, caso você tenha a mesma coragem, ou burrice, que eu e resolva ler, preste atenção NELE – que é fascinado por impressões digitais.

Como a trama é praticamente voltada pra Kiyomi, os demais personagens não ganham destaque nenhum. Por isso que eu detestei tanto essa menina. Ela é a protagonista, tá, beleza, mas existem outros membros no grupo e eles mereciam aparecer mais. O que deu a entender é que os demais estagiários funcionam como a galera do Final Fantasy VII na cena em que ajudam o Cloud a subir pra sair no braço com Sephiroth em Advent Children. A diferença é que em FF VII todo mundo tem o seu momento.

Gosta de CSI ou polícia forense? NÃO CHEGUE PERTO DESSE MANGÁ! Se a sua mãe por acaso quiser comprar pra você como um agradinho – meu pai faz isso, mas ele sabe escolher, pai nerd dá nisso – finja que teve um ataque cardíaco ou crise de pânico e se afaste. Vale explicar pra sua ingênua mamãe que o conjunto de folhas ilustradas que ela segura nas mãos não deveria ter sido feito e peça pra que ela te compre MPD Psycho. Segue mais ou menos a linha de crimes, investigação policial, ciência e múltipla personalidade.

Anthony E. Zuiker – produtor executivo e criador de CSI e também autor do maravilhoso Grau26 - deve estar na UTI agora. Eu estaria.

 

Editora: Newpop

Autor: Sekou Hamilton

Formato: 15,2 cm X 22,6 cm

Páginas: 160

Preço: 14,00

Nota: 1

6 Comentaram...

Ghost disse...

Essa nota 1 foi apenas para não dar zero né?!!

rsrsrsrsrsrsrsrs

Rápido disse...

Mangá novo da editora NewCrap. Próximo por favor...

Aleatório disse...

é possível dar nota um?
se lá... não tem um mínimo de 5 ou algo assim xD

Paulo disse...

Se deu um, por que não deu logo um zero. E também obrigado pela dica, mais um mangá ruin que não vou perder tempo lendo.

Unknown disse...

hauhauha ta igual a death note e a maioria desses mengas de merda que chegam nas bancas ultimamente auhauua vai vir os fãs emos do death note de mimimimi mas é a pura verdade

mangas de emos para emos que lucre uahahuahua

*Karina_Csi_investigation* disse...

Gosto muito da serie! Ainda não Li o mangá,só de depois de ler que eu sei se vale mesmo 1 ou 0.

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