sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Avatar FiliPêra

Destaque HQ







E está para começar o confronto definitivo com os Quatro! Mas Snow não é qualquer um, e dá
uma mostra do porquê do temor dos vilões para com ele; e vai atacando um a um os membros do quarteto. William Leather já foi capturado na edição 18 e agora restam os três outros integrantes.
E tudo começa a girar em torno da busca e da criação do plano para destruir os Quatro, mas, Warren Ellis continua a abordar diversos temas não muito comuns ao público médio, como alguns já citados nas colunas passadas.
As coisas naturalmente vão se acelerando, mas o leitor deve ficar atento as tramas pois elas serão muito importantes na conclusão da série (como a teoria dos bebês do século). Além das existentes, algumas outras ainda vão surgir. Fatos passados também adquirem bastante importância nessa reta final. Vamos as edições, mais uma vez!!!




Nº19 - Mistério no Espaço e Nº20 - Encontro

Mais um conto espacial muito importante na série. na primeira metade da edição acompanhamos a apresentação de uma raça alienígena conhecida e classificada como anjos, seres que consomem e dependem de adquirir informações. Esses seres são mandados para guiar uma nave até uma
objeto espacial não identificado que está vagando no espaço (o autor aproveita o momento e lança diversas teorias sobre OVNI's e contatos com seres de outros planetas). O plano consiste no fato
de que os Quatro também farão o mesmo e isso daria uma oportunidade de confronto.
Mas chegando lá, ao invés de encontrarem uma simples nave, eles achamum ecossistema
completo que se desenvolveu ao longo dos anos que a neve ficou vagando no espaço. Mas logo
chega Jacob Greene, como era esperado (uma dica: ele é o equivalente ao Coisa, do Quarteto Fantástico, mas ainda mais assustador).
No momento da chegada de Jacob até seu aparecimento sem o traje espacial cabe momentos de muito suspense, bem construídos, e bem narrados com uma arte muito bem executada, como de costume. E ele aparece, após deixar um rastro de morte e destruição, e é tão horrendo como o esperado, mais ainda que o Coisa.
Ao final Elijah revela seu plano: ele coloca um dispositivo explosivo na estação de força da balsa
que os levou até o objeto voador e a explode; os anjos e, é claro, Jacob Green ficam presos na
nave eternamente, vagando pelo espaço sem rumo.
O Planetary acaba por se livrar do peso-pesado dos Quatro numa tacada relativamente fácil!






Nº21 - Máquina Telemétrica da Morte

A edição mais viajandona de Planetary. Se você achava que já tinha visto o limite quanto a arte, roteiro e teorias malucas, você precisa ler essa edição. Elijah vai se "consultar" com uma antiga feiticeira (que se denomina cientista, já que acredita que magia é ciência). Após Snow ingerir um chá alucinógeno somos conduzidos a uma inteligente viagem, passando por teorias sobre a constituição das almas, xamãs e física quântica.
Não vou tentar explicar as teorias aqui propostas pelo autor, pois isso depende muito da cabeça de cada um. Mas de grosso modo ele diz que as partículas contém universos dentro dela (teoria proveniente da física quântica), após isso ele vai além. Nos leva a uma viagem ao mundo das almas, onde ficam todos os espíritos de pessoas mortas. Mas não sem antes explicar que o fato de existirem plantas alucinógenas (usadas por xamãs em seus rituais) deriva do fato de as almas (campos eletromagnéticos que continuam a habitar o nosso corpo após a morte) são absorvidas pelas raízes dessas plantas. É nesse momento que Elijah Snow compreende a grandeza da sua missão como uma criança do século.
Para quem já leu Homem-Animal, de Grant Morrison, percebeu como essa edição lembra o capítulo daquela série em que o próprio Homem-Animal ingere peyote e tem visões sobre a constituição do universo, percebendo inclusive que ele, nada mais é do que um personagem de uma história, chegando a mandar um recado ao leitor: "Eu posso ve-lo!"
Enfim uma edição primorosa, tanto na arte, como no roteiro, mas que mais uma vez exige um pouco de mente aberta do leitor pra ser completamente absorvida.






Nº22 - A Tortura de William Leather

As velhas referências a ficção pulp voltam a essa edição, de forma muito bem feita.
William Leather, preso numa base desconhecida do Planetary, começa a ser interrogado por Snow, que quer saber o paradeiro dos outros integrantes dos Quatro. Ele começa a relatar a sua história, contando como seu avô, John Leather, foi um ranger no Texas, combatendo o crime e livrando o estado de bandidos e foras-da-lei. John então tem problemas com a gangue dos Downling, que queriam saber a localização da mina de prata herdada pela família dele.
Os Downling torturam e matam seu irmão, Paul Leather; mas ele consegue escapar, após um desentendimento entre a gangue deles. Ele fica vagando pelo deserto até ser achado por um índio. O índio o droga e ele tem visões do Multiverso.
Começa então seu plano de vingança contra a gangue dos Downling.
A história vai continuando, passando por Brett Leather, outra criança do século, que se tornaria um dos integrantes do grupo do Dr. Brass. William nasce, mas é um filho bastardo, não herdando os poderes de Brett.
É nesse interím que ele conhece Randall Downling, que lhe convence a se unir a ele.
Mas quarenta anos depois, William percebe que a intenção de Downling com os Quatro foi tornar-se grande, e não tornar os Quatro grandes.
Ao final vem a tortura do título...
As principais referências são, claramente, ligadas ao velho oeste. Vão desde Tex aos western spaguettis.
Uma edição muito reveladora...
O fim está chegando!

Nota: 9,5


FiliPêra

3 Comentaram...

Sebastião Seabra disse...

Prezado FeliPêra (não "resisto" em lhe contar isso, rsss...).
A principal referência nesse número é The Lone Ranger (vide capa, mina de prata, o índio Tonto, etc.), mas você, estranhamente, não citou isso.
Abraço.

Sebastião Seabra disse...

Abraço.

Sebastião Seabra disse...

Ops, em tempo, beleza de artigos.

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